Após votar, Bolsonaro fala com apoiadores e defende o voto impresso como mais seguro

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio. Ele chegou por volta das 10h35 deste domingo (29) ao local.

Ele estava acompanhado por uma comitiva e usava máscara, como determinam as medidas sanitárias em vigor na capital fluminense.

Cerca de 25 apoiadores do presidente estavam no local. Após votar, o presidente tirou a máscara para falar com eleitores e com a imprensa e defendeu o voto impresso como mais seguro.

“Que nós possamos ter em 2022 um sistema seguro que possa dar garantias ao eleitor que em quem ele votou, o voto foi efetivamente para aquela pessoa. A questão do voto impresso é uma necessidade, está na boca do povo. Desde há muito eu luto no tocante a isso. E as reclamações são demais. Não adianta alguém querer bater no peito e falar que é seguro, não tem como comprovar. Estamos vendo o trabalho de hacker em tudo quanto é lugar aqui, até fora do Brasil”, disse o presidente.

Nestas eleições, uma análise da Polícia Federal em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que um ataque hacker acessou apenas dados administrativos do tribunal. Segundo o TSE, esses ataques não afetam a votação porque as urnas não estão ligadas à internet. Portanto, os equipamentos não são vulneráveis a ataques.

No ano passado, as urnas eletrônicas foram submetidas a um grupo de peritos da Polícia Federal, que encontrou duas falhas consideradas superficiais no sistema. De acordo com o tribunal, as falhas detectadas não alteram a segurança do processo eleitoral.

O suspeito pelo ataque foi preso em Portugal, neste sábado (28), em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária Portuguesa. O preso é um cidadão português de 19 anos, que usaria o codinome Zambrius e comandaria um grupo intitulado Cyberteam.

Ainda de acordo com o presidente, o TSE tem obrigação de “entregar o voto impresso” em função da transparência e que pretende discutir a questão no ano que vem.

“Tenho conversado com as lideranças do Congresso e nós pretendemos, no começo do ano que vem, partir pra isso. A decisão é do Poder Executivo e do Poder Legislativo”.

G1