‘Devo disputar, mas não posso garantir’, diz Bolsonaro sobre eleições de 2022

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira, 28, que não pode garantir que irá disputar a reeleição à Presidência da República em 2022. O chefe do Executivo está sem partido desde 2019, quando anunciou a saída do PSL. Bolsonaro até anunciou a criação de uma nova legenda, o Aliança pelo Brasil, mas o partido não saiu do papel, e o chefe do Executivo começou a sondar outras possibilidades. Até o momento, o presidente não se filiou a nenhuma legenda, o que pode dificultar sua candidatura em 2022. “Eu tenho que ter um partido político. Não sei se vou disputar as eleições do ano que vem.

Devo disputar, não posso garantir”, afirmou em entrevista à Rádio Cidade, de Luis Eduardo Magalhães, na Bahia. O presidente ainda confirmou que a filiação ao Progressistas, legenda do futuro ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, é uma possibilidade. “Temos conversado com vários partidos, entre eles o Partido Progressistas, ao qual integrei por aproximadamente 20 anos ao longo de 28 que eu fui deputado federal”, lembrou Bolsonaro.

Na entrevista, o presidente ainda comentou sobre a reforma ministerial que foi iniciada na terça-feira, 21, com o aceite de Ciro ao convite para assumir a Casa Civil. As mudanças foram oficializadas na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta. Com a ida do líder do Centrão para a pasta mais importante do governo, o general Luiz Eduardo Ramos foi deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República, então comandada por Onyx Lorenzoni.

O deputado federal licenciado, por sua vez, foi abrigado no Ministério do Trabalho e Previdência, criado após um desmembramento de um segmento que pertencia ao Ministério da Economia, sob responsabilidade de Paulo Guedes. Bolsonaro assegurou, na entrevista, que a mudança não trará aumento de custos, porque os servidores serão apenas remanejados. “Trouxe para dentro da Presidência agora, [para] o ministério mais importante nosso, que é o da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, que é um homem adequado para conversar com o Parlamento, e o general Ramos foi para outro ministério palaciano. O general Ramos é uma pessoa nota 9. Ele não é 10 porque falta para ele um pouco de conhecimento para melhor conversar com parlamentar”, explicou Bolsonaro sobre a mudança. “Tenho certeza que a interlocução melhorará e muito. É um ministério muito importante para nós, tendo vista que nós temos que conversar com o Parlamento brasileiro. E ninguém melhor que do que um senador experiente como Ciro Nogueira”, defendeu.

Redação com Jovem Pan

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