Bolsonaro defende voto impresso e critica Barroso: ‘Apresentem provas de que sistema não é fraudável’

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma live nesta quinta-feira, 29, em que defendeu o voto auditável e criticou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação: apresentem provas de que ele não é fraudável”, declarou.

Durante a transmissão ao vivo, o chefe do Executivo também voltou a dizer que, após a reunião de Barroso com lideranças partidárias, parlamentares da comissão especial da PEC do voto impresso mudaram de opinião sobre a proposta. “Por que o presidente do TSE, na iminência de ver a PEC da deputada Bia Kicis ser aprovada na comissão especial, ele vai para dentro do parlamento, se reúne com várias lideranças partidárias e, no dia seguinte, muitos desses líderes trocam a posição da comissão por parlamentares que se comprometeram a votar contra o voto impresso. Qual foi o poder de persuasão do Barroso? Que poder ele tem? É justo quem tirou o Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar os votos em uma sala secreta no TSE?”, questionou.

“Parece que tem um interesse pessoal do presidente do TSE, parece que a vida dele está em jogo, a sua honra está em jogo, a qualquer custo ele tem que deixar que as eleições aconteçam em 2022 da mesma forma de anos anteriores”, completou Bolsonaro.

O presidente disse que apresentaria provas durante a live de que as eleições de anos anteriores foram fraudadas. No entanto, durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou que “não tem como comprovar” e que iria mostrar “fortes indícios”. Ele exibiu vídeos de eleitores que disseram não ter conseguido votar no candidato que escolheram e reportagens da imprensa sobre o tema. Ao lado de um homem identificado como Eduardo, analista de inteligência, o presidente também mostrou a boca de urna das eleições de 2018 para demonstrar que ele supostamente teria vencido no primeiro turno. No entanto, apenas 57% dos votos tinham sido apurados naquele momento.

Durante a live, o TSE rebateu várias declarações de Bolsonaro.“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclarece que é falsa a afirmação de que ‘a apuração dos votos é feita por meia dúzia de pessoas, de forma secreta (…) em uma sala lá do TSE’. Em verdade, a apuração é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.

Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”, disse em comunicado.

Redação com Jovem Pan

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