Bumlai volta a afirmar que não tem negócios com o ex-presidente Lula

Por - em 9 anos atrás 621

delaçaoO pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, voltou a dizer em depoimento à Polícia Federal que não possui nenhum tipo de relação comercial com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário foi ouvido pela terceira vez, na segunda-feira (21), mas o depoimento só foi anexado ao inquérito que o investiga nesta quarta-feira (23).

Nos documentos a que o G1 teve acesso, consta que Bumlai foi amplamente confrontado com a possibilidade de ter intermediado negócios entre empresas e o governo federal, com a ajuda de Lula. Na maior parte do tempo, ele negou ter mantido esse tipo de conversas com o ex-presidente, salvo ao ter dito que ajudou o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, a marcar uma palestra em Angola com o ex-presidente e ao ser confrontado com um e-mail em que confirmava ter conversado sobre um pedido do embaixador do Qatar.

Bumlai também foi novamente perguntado sobre o empréstimo de R$ 12 milhões que fez junto ao Banco Schain. Segundo o Ministério Público Federal, a operação foi realizada para ajudar o Partido dos Trabalhadores (PT). Bumlai já havia confirmado as informações, em outro depoimento e voltou a manter a versão.

Em troca do empréstimo, conforme o MPF, o Grupo Schain, dono do banco, foi beneficiado com apoio para alugar um navio-sonda para a Petrobras. O negócio custou R$ 1,3 bilhão à estatal. A Schain nega os fatos.

Oficialmente, o empréstimo teria sido pago com a entrega de embriões bovinos ao banco. No entanto, Bumlai reconhece que nunca entregou a mercadoria e que repassou o valor que levantou na instituição ao PT.

O pecuarista disse que acredita ter sido procurado pelo PT por ser uma pessoa de confiança da legenda. Afirmou que, até onde sabe, todos as empresas que mantêm negócios com os governos ajudam os partidos que estão no poder, para garantir os contratos com o poder público.

Ainda segundo Bumlai, apenas membros do PT estavam envolvidos na fraude. O pecuarista afirmou que não era de conhecimento dele se Lula sabia sobre os fatos que são investigados pela Lava Jato na Petrobras.

Apesar das investigações, o PT tem dito que todas as doações que recebeu foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.

Belo Monte
Logo no início do depoimento, Bumlai afirmou ao delegado Filipe Hille Pace, que o ouviu, que falaria sobre fatos ilícitos envolvendo a construção da Usina de Belo Monte. No entanto, o documento aponta que toda a oitiva se ateve aos fatos narrados na Petrobras. Não há, no decorrer do termo, nenhuma outra menção à hidrelétrica.

G1

O pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, voltou a dizer em depoimento à Polícia Federal que não possui nenhum tipo de relação comercial com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário foi ouvido pela terceira vez, na segunda-feira (21), mas o depoimento só foi anexado ao inquérito que o investiga nesta quarta-feira (23).

Nos documentos a que o G1 teve acesso, consta que Bumlai foi amplamente confrontado com a possibilidade de ter intermediado negócios entre empresas e o governo federal, com a ajuda de Lula. Na maior parte do tempo, ele negou ter mantido esse tipo de conversas com o ex-presidente, salvo ao ter dito que ajudou o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, a marcar uma palestra em Angola com o ex-presidente e ao ser confrontado com um e-mail em que confirmava ter conversado sobre um pedido do embaixador do Qatar.

Bumlai também foi novamente perguntado sobre o empréstimo de R$ 12 milhões que fez junto ao Banco Schain. Segundo o Ministério Público Federal, a operação foi realizada para ajudar o Partido dos Trabalhadores (PT). Bumlai já havia confirmado as informações, em outro depoimento e voltou a manter a versão.

Em troca do empréstimo, conforme o MPF, o Grupo Schain, dono do banco, foi beneficiado com apoio para alugar um navio-sonda para a Petrobras. O negócio custou R$ 1,3 bilhão à estatal. A Schain nega os fatos.

Oficialmente, o empréstimo teria sido pago com a entrega de embriões bovinos ao banco. No entanto, Bumlai reconhece que nunca entregou a mercadoria e que repassou o valor que levantou na instituição ao PT.

O pecuarista disse que acredita ter sido procurado pelo PT por ser uma pessoa de confiança da legenda. Afirmou que, até onde sabe, todos as empresas que mantêm negócios com os governos ajudam os partidos que estão no poder, para garantir os contratos com o poder público.

Ainda segundo Bumlai, apenas membros do PT estavam envolvidos na fraude. O pecuarista afirmou que não era de conhecimento dele se Lula sabia sobre os fatos que são investigados pela Lava Jato na Petrobras.

Apesar das investigações, o PT tem dito que todas as doações que recebeu foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.

Belo Monte
Logo no início do depoimento, Bumlai afirmou ao delegado Filipe Hille Pace, que o ouviu, que falaria sobre fatos ilícitos envolvendo a construção da Usina de Belo Monte. No entanto, o documento aponta que toda a oitiva se ateve aos fatos narrados na Petrobras. Não há, no decorrer do termo, nenhuma outra menção à hidrelétrica.

G1

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