Calendário para saque de contas inativas do FGTS sai nesta terça; dinheiro estará liberado em março
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Sai nesta terça-feira (14) o calendário para o saque das contas inativas do FGTS – aquele dinheiro que ficou bloqueado quando o trabalhador pediu demissão ou foi demitido por justa causa.
Trinta milhões de brasileiros andam por aí cheios de planos. É gente que tem dinheiro parado em contas inativas do FGTS – aquelas, de contratos de trabalho que foram encerrados – e que, agora, vai poder sacar o saldo para usar como quiser.
“Já que pode, vou tirar porque está lá parado, o dinheiro, né? E a gente bota no dia a dia, como eu vim para Brasília faz pouco tempo”, disse a auxiliar administrativa Juliane da Silva.
Fontes do governo dizem que mais de R$ 43 bilhões estão parados nessas contas. Dinheiro que está fazendo falta no comércio, na indústria, no bolso do consumidor.
Quando a pessoa pede demissão ou é demitida por justa causa, o saldo do FGTS, pela regra atual, só pode ser sacado se o trabalhador ficar três anos sem conseguir emprego com carteira assinada. Com a economia estagnada, o governo flexibilizou essa regra. Quem foi demitido por justa causa ou pediu demissão até 31 de dezembro de 2015, vai poder sacar o saldo.
O dinheiro começa a ser liberado em março. E o pagamento vai ser dividido de lotes, de acordo com o mês de aniversário do trabalhador. Para quem tiver conta na Caixa, a transferência vai ser automática. E quando o valor for pequeno, vai dar para sacar até na lotérica. Com isso, o governo pretende injetar R$ 34 bilhões na economia.
Os saques vão acontecer até julho. Mais da metade dos trabalhadores têm, no máximo, R$ 500 para sacar. Outros 24% têm saldo entre R$ 500 e R$ 1.500. Esses dois grupos representam praticamente 80% do total de pessoas que vão poder usar o FGTS como bem entenderem. Os demais têm mais de R$ 1.500 para receber.
O técnico em edificações Lúcio Sousa tem mais de R$ 5 mil para sacar.
“O que é que eu vou fazer com esse dinheiro, né? Pagar dívida, só o que o brasileiro faz é pagar dívida, né?”, disse Lúcio.
O funcionário público Lauro Alves de Oliveira é ainda mais sortudo. Sabe quanto ele tem para usar?
“Mais ou menos uns R$ 50 mil, a possibilidade é usar em um imóvel, sim”, disse Lauro.
Não é preciso sair correndo para o banco para saber quando vai poder retirar o dinheiro. O governo está preparando um site onde o trabalhador vai informar os seus dados para saber onde e quando vai poder fazer o saque.
G1