Dom Dulcênio: “Jesus é a vítima de reparação por nossas inúmeras ofensas”
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A Semana Santa é o período mais aguardado pelos católicos. As celebrações e todo o simbolismo são marcados por forte devoção e piedade.
As duas últimas semanas santas, 2020 e 2021, foram privadas dos fiéis devido à pandemia.
Na catedral de Campina Grande, neste domingo, o bispo diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos abriu a semana maior com abenção e ´procissão dos ramos´, que aconteceu no estacionamento da ´igreja mãe´. Centenas de fieis se fizeram presentes neste ato público de fé que marca o início desta semana.
Na primeira parte da liturgia, o bispo lembrou que a Semana Santa é um momento pelo qual o fiel católico é conduzido à vivência litúrgica através dos ritos e da piedade, preparando-se, portanto, para o Tríduo Sacro do Crucificado-Ressuscitado.
No Domingo precedente à Ressurreição de Nosso Senhor, celebramos a Sua entrada triunfante como Rei e Messias de Israel.
Lembremo-nos que os grandes reis entravam às suas cidades no lombo de cavalos, o que era símbolo da supremacia, do domínio e da tirania.
Jesus mostra que veio trazer a paz para Jerusalém, o Seu reinado; dissocia-Se do esquema de Herodes e de Pôncio Pilatos. Cristo é Rei e Salvador.
Toda a Sua vida terrena estava voltada para o Pai desde o limiar do seu ministério apostólico, cuja culminância dar-se-á no madeiro da cruz, assinala o texto divulgado pela Pascom/CG.
Na missa, o bispo prosseguiu sua reflexão na homilia explicando que Jesus de Nazaré adentra em Jerusalém para não mais sair dela: lá Ele sofrerá, morrerá e ressuscitará.
Dom Dulcênio disse que Cristo fez-se escravo, pela obediência, para que fossemos libertos da opressão do pecado.
“Jesus é a vítima de reparação por nossas inúmeras ofensas e perversões. Somente Nele é que encontramos justificação, pois o Homem-Cristo recapitulou toda a criação com a Sua obediência ao extremo. Na Sua oferta de cruz, que coaduna abandono, solidão, desprezo e aniquilamento, aponta-nos a condição injusta e desobediente da nossa humanidade. O Justo, feito injusto por nossas limitações, levou-nos à plenitude”, pregou.
*Pascom/CG: Beatriz Macedo; fotos: Bruno Oliveira