Em reunião fechada, Dilma deve receber juristas contrários ao processo de impeachment
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A presidente Dilma Rousseff deverá receber nesta terça-feira (22), em uma reunião fechada no Palácio do Planalto, um grupo formado por juristas, advogados, promotores e defensores públicos contrários ao processo de impeachment que ela enfrenta na Câmara dos Deputados.
A expectativa é que no encontro, intitulado “Em defesa da legalidade e da democracia” predominem críticas ao juiz federalSérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. Na semana passada, Moro autorizou a divulgação de áudio de conversas telefônicas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptadas pela Polícia Federal.
Na ocasião, o grupo chamado Juristas em Defesa da Democracia afirmou que não há “requisitos constitucionais e legais necessários para configurar um eventual crime de responsabilidade cometido por Dilma”.
À época, nos dias seguintes à abertura do processo, Dilma se reuniu com juristas, governadores, prefeitos, movimentos sociais e artistas contrários ao seu afastamento.
Ao todo, ela chamou ao seu gabinete no Planalto dez ministros e quatro parlamentares para mapear a tendência de voto dos deputados. Segundo alguns dos presentes ao encontro, chegou à conclusão de que será possível obter o número mínimo de votos para derrubar o impeachment na Câmara (172).
Na semana passada, a Câmara instalou a comissão especial que vai analisar o afastamento da presidente, composta por deputados indicados pelos líderes partidários.
Desde a sessão da Câmara da última sexta (18), começou a contagem de prazo de dez sessões para que Dilma apresenta sua defesa à comissão do impeachment.
Para esta segunda-feira (21), está prevista reunião da comissão, com o objetivo de definir o roteiro de trabalho para as próximas semanas.
G1