Em viagem à China, Michel Temer decide antecipar volta ao Brasil

Por - em 8 anos atrás 679

temer 4O presidente da República, Michel Temer, decidiu antecipar seu retorno ao Brasil. Segundo a TV Globo apurou, o peemedebista, que está na China, iria embarcar do país asiático na próxima terça-feira (5), por volta das 13h no horário local. No entanto, Temer antecipou o regresso para a próxima quarta-feira (4), por volta das 21h, também no fuso horário local.

Em viagem oficial à China, Michel Temer, neste domingo (3), participará de encontro da cúpula do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente deverá embarcar em Xiamen, cidade em que acontece o encontro do Brics. Como a aeronave não tem autonomia para voar direto da China para o Brasil, Temer deverá fazer um pouso na Europa para reabastecimento.

A antecipação da viagem de volta ao Brasil acontece em meio à expectativa, na classe política, de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar uma nova denúncia contra o peemedebista.

Na última sexta-feira (1º), a imprensa apurou que Temer cogitava voltar antes do previsto ao Brasil. Preocupado com o impacto político da segunda denúncia e com temas de interesse do governo na área econômica pendentes de votação no Congresso Nacional, como a mudança da meta fiscal de 2017 e 2018, Temer manifestou a assessores a disposição de estar em Brasília ainda na terça.

Neste sábado, porém, o presidente disse a jornalistas que não anteciparia o retorno, o que acabou não se confirmando.

Denúncia

Fontes ouvidas dizem que Janot aguarda somente a homologação da delação do doleiro Lúcio Funaro, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para apresentar uma nova denúncia contra Temer.

Mesmo sem Janot ter oferecido a nova denúncia, auxiliares do presidente no Palácio do Planalto já discutem como reagir. Na última segunda (28), o ministro Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo vai “enfrentar” a acusação política e juridicamente.

Nos bastidores do Planalto, o discurso é o de que a acusação apresentará somente “ilações”, sem provas contundentes do envolvimento do presidente em algum delito, mesmo com o possível uso da delação do operador Lúcio Funaro na peça assinada por Janot.

G1