Condenado em primeira instância a mais de 15 anos de prisão em um dos processos a que responde no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto tem tentando reduzir a pena trabalhando. Segundo a defesa, Vaccari trabalha no setor de limpeza do Complexo Médico-Penal, na Região deCuritiba, já há alguns meses.
Vaccari está preso desde abril de 2015, quando foi deflagrada a 12ª fase da Lava Jato. Ele é apontado como receptor da propina que tinha o Partido dos Trabalhadores como destino, e atualmente recorre da condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Vaccari ainda responde em primeira instância a outras duas ações da Lava Jato.
Segundo o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, caso haja a confirmação das condenações, o tempo de serviço poderá ser abatido da pena total na proporção de um dia para cada três dias trabalhados.
“A unidade prisional oferece essa possibilidade, e aqueles presos que querem aderir passam a trabalhar em área como limpeza, biblioteca, cozinha”, explicou. Ele não soube detalhar, porém, como funciona a rotina de trabalho de Vaccari.
Ainda segundo a defesa, o trabalho na prisão é importante para que o preso ocupe melhor o tempo disponível. “Para quem está preso provisoriamente há sempre a expectativa de uma decisão judicial, mas nesse caso é uma forma de se ocupar. É muito positivo o trabalho para quem está recolhido”, apoiou.
Já no processo que também envolve o ex-ministro José Dirceu, Vaccari tem depoimento marcado para segunda-feira (25). Essa é a última etapa antes das alegações finais, que precedem a sentença.
Redação