
Helder Barbalho é alvo de operação da PF e secretários são presos
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A Polícia Federal deflagrou a operação SOS que investiga supostos desvios em contratos para a gestão de hospitais do estado do Pará. O governador Helder Barbalho (MDB), é alvo de buscas e dois secretários e um assessor do governador foram presos.
Foram detidos Parsifal de Jesus Pontes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil; Antonio de Padua, Secretário de Transportes e Leonardo Maia Nascimento – assessor de gabinete.
O governador disse, em nota, que apoia qualquer investigação que busque proteger o dinheiro público.
A operação mira 12 contratos firmados entre o governo do estado e organizações sociais para administração de hospitais públicos do estado, inclusive hospitais de campanha criados para atender a demanda causada pelo novo coronavírus.
De acordo com o Ministério Público, os contratos, que somam R$ 1,2 bilhão, podem ser irregulares. São investigados os crimes de fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também de acordo com o MPF, Helder possivelmente lideraria a organização no esquema e tratava previamente com empresários e com o então chefe da Casa Civil sobre assuntos relacionados a licitações.
Foram expedidos 74 mandados de prisão, 12 deles pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e 62 pelas Varas de Birigui e Penápolis, cidades do interior de São Paulo, e 278 de buscas.
Os mandados do STJ foram pedidos pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e expedidos pelo ministro Francisco Falcão.
Além dos 3 detidos, são alvos de mandados de prisão:
- Peter Cassol de Oliveira, ex-secretário-adjunto de gestão administrativa de Saúde,
- Nicolas André Tsontakis Morais
- Nicholas André Silva Freire
- Cleudson Garcia Montali
- Regis Soares Pauletti
- Adriano Fraga Troian
- Gilberto Torres Alves Junior
- Raphael Valle Coca Moralis
- Edson Araújo Rodrigues
- Valdecir Lutz
Além de Pará e São Paulo, há mandados cumpridos em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. A Controladoria-Geral da União e o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo participam da operação.
Redação