Impeachment é um processo golpista, diz Dilma após rompimento do PMDB
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No primeiro discurso oficial após o rompimento do PMDB com o governo federal, a presidente Dilma Rousseff voltou a chamar de tentativa de golpe a oposição tentá-la derrubar do Palácio do Planalto e afirmou que aqueles que pedem o impeachment promovem a intolerância no País.
Foi o primeiro discurso da presidente da República após o rompimento do até então maior aliado do governo federal, confirmado na tarde de terça-feira (29), em votação por aclamação do diretório nacional, em Brasília. A decisão isolou ainda mais o Palácio do Planalto, que vê a oposição inflando em um momento em que o processo do impeachment se encaminha rapidamente.
O discurso foi feito durante a cerimônia de lançamento da terceira fase Minha Casa Minha Vida, programa de habitação popular do governo federal cujo atraso da etapa atual tem gerado críticas de movimentos sociais de grupos sem-teto.
Em tom de desafio contra a oposição e diante somente de apoiadores de grupos populares e de sua equipe de ministros, Dilma abraçou o discurso usado durante as últimas eleições, de que o PSDB acabaria com os programas sociais do governo, e foi ovacionada pelos presentes com gritos de “não vai ter golpe”.
“Muitos querem tirar os benefícios do Minha Casa minha Vida, que dão acesso à casa própria a milhões de brasileiros e brasileiras. Nós queremos continuar com o programa. Aqueles que acham que ele se resolve através de mecanismos de mercado esquecem da diferença social no Brasil. [O Minha Casa] é um instrumento de recuperação na economia, de recuperação de emprego. Queremos retomar seu crescimento. Sem estabilidade política, não recuperaremos aqueles que querem o legitimanente eleito vao ser responsaveis por retardar o crescimento do brasil. Mais emprego, mais crescimento e mais democracia.”
No discurso nervoso, a presidente ainda destacou o que chamou de um incentivo à intolerância e a ódio no Brasil praticado pela oposição e classificou como “imperdoável” a forma como tem sido conduzido o apoio ao impeachment. “O Brasil gosta de dálogo, convívio”, resumiu.
Ig