Lewandowski nega pedido para excluir duas testemunhas de Dilma
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O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff, negou nesta sexta-feira (19) pedido dos autores da ação para excluir duas testemunhas de defesa de Dilma.
A acusação argumentava que o jurista Geraldo Prado e o economista Luiz Gonzaga Belluzo não têm relação direta com os fatos apresentados no processo de impeachment e, portanto, não poderiam ser ouvidos.
Também houve pedido de desistência da testemunha de acusação Leonardo Albernaz, secretário do Tribunal de Contas da União(TCU).
O ministro atendeu pedido de desistência, mas rejeitou excluir as testemunhas. Para Lewandowski, isso poderia representar cerceamento de defesa.
A previsão do STF é dar início aos depoimentos das testemunhas na quinta e encerrar a etapa na sexta-feira (26). No entanto, não está descartada a hipótese de o interrogatório das testemunhas avançar pelo final de semana. Na segunda-feira (29), será a vez do depoimento de Dilma Rousseff.
Além desse caso, Lewandowski analisou outros três recursos. Em um deles, negou pedido de Dilma Rousseff para que peritos fossem ouvidos no julgamento. Na avaliação do presidente, a fase para ouvir especialistas foi na comissão especial, onde os trabalhos já foram concluídos, e não é mais o momento disso.
O ministro rejeitou pedido do jurista Hélio Bicudo, autor do pedido de impeachment, para que seja apresentado um vídeo com depoimento dele durante o julgamento. O argumento era de que Bicudo tem 94 anos e não pode mais viajar para Brasília. Mas Lewandowski determinou que o vídeo seja juntado aos autos, para integrar o processo de impeachment.
Lewandowski atendeu pedido de Miguel Reale Júnior, outro autor do pedido de impeachment, para que conste no rito divulgado sobre o julgamento os fatos imputados na denúncia contra Dilma.
Com G1