Mesmo proibido, cigarro eletrônico continua sendo vendido no Brasil
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O cigarro eletrônico vicia, traz graves consequências e pode causar câncer entre os usuários. Mesmo proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , o produto continua sendo comercializado no Brasil. Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, mostrou que 20% dos jovens entre 18 e 24 anos já usaram os dispositivos eletrônicos, enquanto na faixa etária entre 25 e 34 anos, o total foi de 10% dos entrevistados. Um estudo apresentado durante o Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia, na Espanha, mostro que os adolescentes com pais fumantes têm 55% mais chances de experimentar cigarros eletrônicos.
No início de 2022, a engenheira civil Evellyn Teixeira passou a usar o cigarro eletrônico pela influência das pessoas de seu ciclo social e pela praticidade, mas, rapidamente, sentiu os efeitos adversos. “Quando eu comecei a usar, até por ter essas coisas de sabores, que são gostosos e doces, era um negócio que era bom e prático. Eu fumei por um tempo. Depois disso, começou a me dar uns quadros leves de asma”, relatou Evellyn. Quando o uso começou a afetar a saúde, ela tentou parar, mas, por mais que não comprasse, usava os aparelhos dos amigos. Com os problemas de saúde se agravando, ela tomou a decisão de sair do vício. “Eu tinha falta de ar leve, sentia dor no peito, sentia que meu pulmão ficava chiando, para respirar era um pouco difícil. Esses foram alguns dos motivos pelos quais eu parei com o cigarro eletrônico”, concluiu a engenheira.
Em entrevista à Jovem Pan News, o médico pneumologista João Carlos de Jesus falou sobre as consequências que os aparelhos podem trazer À saúde. “Há mais de 100 anos nós temos estatísticas sobre o cigarro comum, então sabemos como ele evolui e causa problemas. O cigarro eletrônico tem outros componentes, mas também oferece a nicotina, que gera os mesmos problemas. Essa fumaça do vape contém produtos que podem gerar danos pulmonares”, relatou o médico. Diversos famosos já relataram problemas de saúde causados pelo uso dos cigarros eletrônicos. Dentre eles, estão o modelo Lucas Vianna, o cantor sertanejo Zé Neto, a cantora Solange Almeida (ex-vocalista do Aviões do Forró) e a rapper americana Doja Cat. Recentemente, o ator Eri Johnson publicou recentemente em suas redes sociais um vídeo afirmando que diversos amigos estavam sofrendo pelos cigarros eletrônicos. “Estou com quatro amigos mal para caramba por causa do vape… aquela loucura eletrônica. […] Se puder evitar, não entrar nessa, você vai durar um pouco mais nessa vida e viver ela bem vivida”, disse o ator.
Redação