PGR é contra continuidade de uma das ações pela cassação de Dilma
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer contrário ao prosseguimento de uma das ações que pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. Segundo ele, a “Procuradoria Geral Eleitoral não se convenceu” de que as provas no processo, que tratam sobre suposto abuso de poder político e econômico envolvendo os Correios, autorizam a cassação do mandato.
“Esta Procuradoria Geral Eleitoral não se convenceu, a partir das alegações e provas constantes destes autos, da existência da gravidade necessária a autorizar a aplicação das sanções previstas no artigo 22, XIV, da LC 64/900, fato que seria inédito na história republicana deste país em se tratando de eleições presidenciais, razão pela qual manifesta-se pela improcedência dos pedidos formulados na inicial”, afirma documento assinado por Janot e enviado ao tribunal em agosto do ano passado.
Narra a ação, apresentada pela Coligação Muda Brasil, liderada pelo PSDB, que Dilma Rousseff e o vice Michel Temer teriam utilizado a empresa dos Correios para postagem indevida de propaganda eleitoral. Para Janot, ficou comprovado que o serviço foi contratado e pago pela coligação de Dilma.
“Não é permitido concluir tenha havido uso indevido da máquina pública em benefício dos candidatos representados, e nem prejuízo financeiro à ECT”, afirmou.
“Para que se possa concretamente falar em cassação de diploma ou mandato de um presidente da República eleito em tão amplo cenário de eleitores, as condutas a ele atribuídas devem ser, já à primeira vista, gravíssimas, a ponto de impossibilitar qualquer questionamento sobre sua influência nefasta. E não é esse o contexto desenhado neste processo. As condutas imputadas aos representados, em considerável medida, ou não tiveram o grau de ilicitude atribuídos pela representante, ou não os beneficiaram diretamente, ou tiveram pouquíssimos desdobramentos, em razão do exercício da função jurisdicional por parte desse Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou o procurador.
G1