Preço médio da gasolina volta a subir após três semanas de queda e chega a R$ 5,50, diz ANP
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O preço médio da gasolina voltou a subir após três semanas de queda e chegou a R$ 5,50 do dia 2 a 8 de abril. O dado foi divulgado nesta segunda-feira, 10, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que semanalmente atualiza a pesquisa de valores dos combustíveis encontrados nos postos brasileiros. O preço médio da gasolina na última semana registrou aumento de R$ 0,02 em comparação aos R$ 5,48 da semana de 26 de março a 1º de abril. O maior preço foi encontrado a R$ 7,19 o litro, em São Paulo. Já o menor preço foi achado por R$ 4,44, em Goiás. Nas últimas semanas o valor do combustível caiu de R$ 5,57 para R$ 5,54, depois passou para R$ 5,51 e até que chegou nos R$ 5,48. Desde a última semana de janeiro que a gasolina não é vendida a menos de R$ 5,00. Na primeira semana de fevereiro, o valor médio do litro do combustível foi a R$ 5,12. Os valores são reflexo dos impostos federais, que voltaram a ser cobrados após um ano zerados. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reoneração dos combustíveis foi parcial, sendo de R$ 0,47 para a gasolina e de R$ 0,02 para o etanol. Inclusive, o etanol registrou uma leve queda no preço médio por litro na última semana. De R$ 3,89 passou para R$ 3,88. O diesel também computou queda durante o mesmo período, só que de R$ 0,02, passando de R$ 5,80 para R$ 5,78.
Como mostrou o site da Jovem Pan, o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom), Sérgio Araújo, avaliou que a defasagem do preço da gasolina no mercado brasileiro ameaça o consumo de etanol. Segundo a entidade, o valor médio do litro da gasolina encontrado nos postos é 7% inferior da paridade de importação (PPI), chegando a 9% no polo de Araucária, no Paraná, e 6% em Aratu, na Bahia. “Poderia haver um pequeno aumento no preço da gasolina, mas não acredito que a Petrobras vá fazer isso agora com toda a pressão sobre os preços da Petrobras”, comentou Araújo. Para atingir a paridade, a estatal deveria aumentar o combustível em R$ 0,25 por litro no mercado interno. No entanto, não há previsão de reajuste por parte da Petrobras antes da Assembleia Geral de Ordinária (AGO), marcada para 27 de abril. Na oportunidade, serão trocados os membros do Conselho de Administração da estatal, ainda chefiado por indicados do governo Bolsonaro. Em relação ao diesel, a Abicom explicou que o preço está alinhado com o valor de importação. Para se ter ideia, o preço do diesel foi reajustado pela estatal há 19 dias e o da gasolina está congelado há 41 dias.
Redação com JPan