Ricardo batiza Canal Acauã-Araçagi com o nome de Celso Furtado
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O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) anunciou nesta quarta-feira, 22, Dia Internacional da Água que um paraibano ilustre, Celso Furtado, será homenageado na denominação do Canal Acauã – Araçagi. A informação foi dada pelo chefe do executivo em seu perfil no Twitter.
Considerada a maior obra hídrica já realizada na Paraíba e a segunda maior do Nordeste, o Canal Acauã-Araçagi segue com as obras em ritmo acelerado. O primeiro dos três lotes que compreendem a obra está em fase de conclusão com previsão de entrega até o mês de junho deste ano. O canal possui uma extensão de 133 km, e atende 12 municípios diretamente e 35 indiretamente, onde mais de 600 mil habitantes serão beneficiados. Ao todo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (Seirhmact), em parceria com o Governo Federal, está investindo mais de R$ 1 milhão.
A obra do Canal Acauã/Araçagi – Adutor das Vertentes Litorâneas visa o atendimento e abastecimento de água para todos os municípios de sua área de influência, em caráter regular e contínuo, e durante todo o período seco e ainda objetiva a sustentabilidade hídrica para os 35 municípios, irrigação para mais 15 mil hectares, desenvolvimento da agricultura familiar e empresarial, piscicultura, viabilizando assim uma melhor qualidade de vida, emprego e renda no meio rural.
A execução das obras do Canal Acauã-Araçagi está dividida em três lotes. O primeiro possui aproximadamente 48 km, o segundo 46 km e o terceiro 18 km. O primeiro lote está em fase de conclusão com previsão de entrega até o mês de junho deste ano e já recebeu investimentos superiores a R$ 364 mil de um total de R$ 417,6 mil para esta fase.
Com a conclusão do primeiro trecho, o canal está apto a receber as águas do eixo Leste do Rio São Francisco, cuja captação se dará em uma tomada d’água construída na barragem de Acauã. Neste primeiro trecho a obra vai beneficiar quatro municípios paraibanos Itatuba, Mogeiro, Itabaiana, São José dos Ramos.
O secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente Ciência e Tecnologia, João Azevedo, destacou a importância da obra. “É a grande obra hídrica do Estado da Paraíba! É uma mini transposição, é uma obra que vai levar água a partir de Acauã, cuja fonte de Acauã receberá água da transposição do Rio São Francisco, e distribuir essa água até a parte Norte do estado, lá no município de Curral de Cima, passando por grandes áreas passíveis de receber investimentos na área de irrigação. A obra interfere também na economia dos municípios. Hoje mais de 600 homens já trabalham nas obras do canal. Tudo vai mudar com a chegada do canal. Nós estamos com a expectativa de inaugurar o primeiro trecho no mês de junho deste ano”, comentou.
O Canal Acauã-Araçagi – Adutor das Vertentes Litorâneas se compõe de: nove segmentos de canais abertos, com seções trapezoidais; seis trechos em sifões invertidos, construídos em tubos de aço e que servem para ultrapassar vales de rios e córregos cruzados em seu caminhamento; tendo, ainda, dois trechos pequenos em túnel. O Canal foi projetado para transportar uma vazão máxima de 10 m³/s de água bruta, no seu primeiro trecho (Trecho I), que vai de Acauã até o rio Gurinhém. Nesse ponto, antes de cruzar o rio por meio de um sifão invertido, ele descarrega 3,5 m3/s, seguindo, a partir daí, com 6,5 m3/s. Esta derivação tem a finalidade de, a partir de certo ponto a ser determinado, abastecer um açude a ser construído no Rio Gurinhém, ou em um seu afluente da margem direita.
Desse ponto, vai até próximo ao cruzamento do rio Mamanguape, logo à jusante do barramento do Açude Araçagi; caracterizando-se então o Trecho II, e aí ele descarrega mais 4 m³/s antes de cruzar o rio (nesse caso também por meio de um sifão invertido). Esta derivação irá permitir abastecer o Açude Araçagi. Daí, transportando os 2,5 m³/s restantes, atravessa o rio Mamanguape e vai descarregá-los, ao final, num afluente da margem direita do rio Camaratuba, ficando então caracterizado o seu Trecho III, onde no final do traçado do referido projeto, deverá ser construído um segundo reservatório, num afluente do Rio Camaratuba ou nesse próprio rio.
Redação