A cada uma hora três pessoas sofrem AVC no Brasil, pressão alta é um dos motivos
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A cada hora, três brasileiros sofrem um AVC. Em 2015, mais de 180 mil brasileiros passaram por isso e um dos principais fatores de risco é a pressão alta. Outro alerta é o anticoncepcional, alguns tipos aumentam o risco.
O consultor e cardiologista Dr. Roberto Kalil explica quais são os sinais de alerta e o neurologista Dr. Ayrton Massaro diz se existe relação entre enxaqueca e AVC e como se dá a recuperação. Muitas vezes é difícil, com um passo de cada vez.
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Acidente vascular cerebral é a interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos e artérias do cérebro por causa de coágulos sanguíneos e placas de gordura calcificada ou rompimento de vaso. A doença pode ser silenciosa por vários anos e o primeiro sintoma pode ser justamente um AVC grave, com grande comprometimento, que traz sequelas ou até a morte.
O acidente é chamado de isquêmico quando há obstrução do fluxo de sangue causado por trombo ou placas calcificadas de gordura e é denominado hemorrágico quando há rompimento do vaso ou artéria, após uma mal-formação chamada de aneurisma.
É importante ter o diagnóstico correto o mais depressa possível, pois as obstruções causadas por coágulos sanguíneos podem ser tratadas com medicamentos que afinam o sangue e dissolvem o coágulo, melhorando ou reestabelecendo a circulação. Contudo, se esse medicamento é usado no acidente hemorrágico pode piorar o quadro do paciente. Além dos medicamentos antitrombóticos (que dissolvem o coágulo) o tratamento pode ser feito por cateterismo com stent, que desobstrui o vaso e mantém a artéria aberta.
As sequelas de um AVC dependem da área atingida, da sua extensão e do tempo de espera no atendimento. Não é todo acidente que deixa sequelas e algumas podem ser revertidas depois de algum tempo. O tempo é vital no atendimento. A demora em diagnosticar e começar a tratar aumenta a chance de sequelas irreversíveis.
É importante lembrar que hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo e colesterol alto são fatores de risco para o desenvolvimento de AVCs. As pílulas com estrogênio podem aumentar a chance da desenvolvimento de trombos, principalmente nos membros inferiores. Essas pílulas devem ser evitadas por quem tem histórico familiar ou já teve trombose. Isso acontece pois o anticoncepcional com a associação de estrogênio e progesterona administrado por via oral passa pelo fígado, aumentando os fatores de coagulação, e o hormônio aumenta a contração dos vasos. Tudo isso favorece o aparecimento de coágulos. Para pessoas que já tiveram trombos, a opção é usar métodos contraceptivos de barreira ou cirúrgicos.
Por Bem Estar