Aumentam acidentes com escorpiões e Saúde alerta; veja cuidados
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De janeiro a março deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 978 notificações de acidentes com escorpiões, sem mortes. Segundo o Núcleo de Zoonoses da Secretaria, em 2017, foram registrados 4.391 em todo o estado. O número de picadas de escorpiões supera, em números absolutos, os casos de picadas de cobras, e representam 30% de todas as notificações por causa de animais peçonhentos.
“Os escorpiões se adaptam aos mais variados tipos de habitat, dos desertos às florestas tropicais, do nível do mar até altitudes de até 4.500 metros, embora a maioria das espécies tenha preferência por climas tropicais e subtropicais. Eles apresentam alta capacidade de adaptação, por isso podem ser encontrados em ambientes modificados pelo homem, principalmente nas áreas urbanas”, explicou o chefe do Núcleo de Zoonoses da SES-PB, o veterinário Francisco de Assis.
Em caso de picada de escorpião, deve-se limpar a área afetada com água e sabão, e procurar atendimento médico imediato, próximo ao local da ocorrência do acidente (UBS, Posto de Saúde, hospital de referência). Se possível capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.
A SES ressalta que não se deve amarrar o local, fazer torniquete, nem aplicar nenhum tipo de sustância sobre o local da picada (álcool, querosene, fumo, erva ou urina), nem fazer curativos, pois podem favorecer a ocorrência de infecções. Também não se deve cortar, perfurar ou queimar o local da picada, nem dar bebidas alcoólicas para a pessoa acidentada, pois não tem efeito contra o veneno e ainda podem agravar o quadro.
“Em adultos, a dor é o sintoma mais comum e seu alívio pode ser conseguido por meio de compressas mornas. Compressas com gelo ou água gelada costumam acentuar a sensação dolorosa, não sendo, portanto, indicadas. Qualquer outra medida ou procedimento local está contraindicado”, explicou Assis.
Para evitar acidentes com escorpiões, é importante examinar as roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes antes de usar; utilizar luvas de couro ou similar e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeira e pedras em geral; manter berços e camas afastados, no mínimo, 10 cm das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão. Também é importante ter cuidado especial ao encostar-se a locais escuros e com a presença de baratas.
Redação