Doenças bucais podem acarretar outros problemas de saúde, inclusive parada cardíaca.
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Um problema bucal simples não tratado pode acarretar uma complicação maior e até parada cardíaca. Os tratamentos mais procurados nos serviços odontológicos de João Pessoa são decorrentes da cárie, que poderia ser evitada em 100% com a correta escovação e higienização. A Capital dispõe de 206 locais com atendimento dentário pelo rede pública. Somente no Lactário da Torre, onde funciona o maior Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), são 6 mil atendimentos por mês.
Em João Pessoa, a Secretaria de Estado da Saúde mantém o Centro Odontológico de Cruz das Armas (Coca) há dois anos, com o lançamento do Programa Brasil Sorridente. Por mês, o espaço recebe 1.200 pacientes e realiza 2.600 procedimentos. Pelo município, o atendimento se divide em três níveis: primário, secundário e terciário.
O coordenador de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Gerfran Lacerda, explica a importância de cuidar dos dentes, para manter a saúde do corpo em dias. “A saúde bucal é um conjunto, está atrelada ao corpo em geral. Ter boa higiene é ter boa qualidade de saúde. Um elemento dentário, um canal mal feito, podem causar uma infecção e gerar vários problemas. Se entrar na corrente sanguínea, se espalha. Uma artista famosa teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) por causa disso. Outra complicação é quando a bactéria que estava na boca, por via sistêmica se instala no coração, causando endocardite bacteriana, infecção, e até morte. Um problema pequeno pode se alastrar”, destacou.
Rede pública. Gerfran esclareceu como funciona os serviços na rede pública municipal. “No nível primário estão as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), que antigamente chamavam PSF. Além de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) que dão apoio noturno das 17h às 21h para as áreas descobertas (5% da população sem posto de saúde) e aqueles que não puderam procurar o atendimento durante o dia. No secundário, temos quatro Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Mangabeira e Cristo são tipo 1 (menores) e Jaguaribe e Torre são tipo 3 (maiores). Todos oferecem o mesmo serviço, a classificação é pela capacidade de atendimento. Não temos nenhum tipo 2. No terciário são os hospitais”, justificou.
Redação