Dormir depois do almoço promove resultados tão efetivos quanto remédio para hipertensão.
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Mais de 200 idosos foram avaliados na Grécia e aqueles que dormiam aproximadamente 50 minutos depois de comer tiveram as constantes da pressão arterial reduzidas
Quem disse que dormir depois do almoço é coisa para criança? Segundo um estudo realizado pelo Hospital Geral Asklepieion, na Grécia, fazer a siesta pode ajudar a combater à hipertensão.
Os cientistas reuniram cerca de 210 pessoas com idade igual ou superior a 62 anos. As descobertas apontam que tirar uma soneca de 49 minutos depois da refeição do meio dia reduz 5 mm Hg nas constantes da pressão arterial sistólica, resultado similar à queda dos números entre pacientes que tomam uma pequena dose de remédio para o controle da hipertensão. “De acordo com nossos resultados, se alguém tem o luxo de cochilar durante o dia, pode ter efeitos benéficos sobre a hipertensão”, disse o Dr. Manolis Kallistratos, co-autor do estudo.
Segundo os parâmetro globais, as constantes de pressão arterial sistólica, que correspondem ao valor da pressão na artéria no momento em que o coração se contrai, devem ser inferiores a 120 mmHg. Já as constantes da pressão diastólica – valor da pressão arterial quando o coração está em repouso – deve ser inferior a 80 mm Hg. Dessa forma, a recomendação ideal é que a pressão corresponda, em média, a 120×80 mm Hg.
Ainda assim, tais descobertas não substituem as recomendações médicas para reverter quadros negativos. Sonya Babu-Narayan, diretora médica associada da British Heart Foundation, alerta para esses resultados: os pacientes devem primeiro considerar outras mudanças no estilo de vida. “Dormir o suficiente é importante para o nosso bem-estar, bem como o nosso coração e saúde circulatória, mas existem outras medidas de estilo de vida saudável, como reduzir o consumo álcool e sal, além de fazer exercícios regularmente. Essas mudanças ainda são as melhores maneiras de manter nossa pressão arterial baixa “, disse ela.
A hipertensão arterial pode ser fatal porque os sinais, muitas vezes, passam despercebidos. É o maior gatilho para doenças cardíacas e acidente vascular. A pesquisa deve ser apresentada formalmente no sessão anual do American College of Cardiology, em Nova Orleans, no final de março.
Redação