Estudo sugere que células flutuantes no sangue podem indicar chance de ataque cardíaco

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Um estudo publicado na revista cientifica “Physical Biology” apontou a diferença entre pessoas saudáveis e pacientes que já sofreram algum ataque cardíaco. Segundo a pesquisa, quem já passou pelo problema tem células únicas que flutuam no sangue.

Agora, o trabalho realizado com 111 pessoas vai direcionar a testes que serão usadas para prever quem pode sofrer o dano. No entanto, a Fundação Britânica do Coração apontou que é improvável uma mudança nos prognósticos em um curto espaço de tempo.

Os autores, que pertencem à “Scripps Research Institute“, na Califórinia, descobriram células endoteliais circulantes no sangue dos pacientes.

Segundo eles, placas de gordura se acumulam nas paredes dos vasos sanguíneos e podem se romper, liberando fragmentos para a corrente sanguínea. Isto é capaz de bloquear o fluxo de sangue nos vasos em torno do coração e causar um ataque cardíaco. Durante este processo, as células endoteliais são liberadas para o sangue, disseram os pesquisadores.

Os testes avaliou 79 pacientes após um ataque cardíaco comparou os resultados com os de 25 pessoas saudáveis e sete que faziam tratamento para os vasos doentes.

Um dos pesquisadores, o professor Peter Kuhn, disse à BBC News que o objetivo foi estabelecer evidências de que essas células endoteliais podem ser detectadas antecipadamente de forma confiável.

Comentando os resultados, o médico da Fundação Britânica do Coração, Mike Knapton, disse à BBC News que acha improvável que se mude a forma como as pessoas são tratadas, pois já existem boas maneiras de diagnosticar ataques.

– O estudo parece estar preparando o terreno para futuras pesquisas que permitam a identificação dos pacientes nos estágios iniciais de um ataque cardíaco – observou.

Globo.com 

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