Excesso de cozimento ou fritura de alimentos pode gerar substância cancerígena
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O excesso de cozimento ou fritura de alimentos pode provocar inúmeras doenças, inclusive o câncer, que pode ser causado por uma substância química denominada de acrilamida. O alerta é da diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Glaciane Mendes.
A acrilamida, conforme explica Glaciane, é uma substância cancerígena que pode se formar em alguns alimentos durante o processo de cozimento a altas temperaturas, como fritar, assar ou cozinhar. “A substância também está presente na fumaça do cigarro, por isso a campanha de combate ao tabagismo”, ressalta.
O alerta para a presença da acrilamida em certos alimentos fritos ou assados, segundo a diretora da Agevisa, foi divulgado em comunicado do FDA – órgão do governo dos Estados Unidos criado em 1862 com a função de controlar os alimentos e medicamentos, através de diversos testes e pesquisas.
De acordo com o órgão, em investigação que durou aproximadamente três anos, verificou-se que a acrilamida causou câncer em animais; e novos estudos indicaram que a substância é um composto extremamente preocupante para a saúde humana. “Daí a importância de se tomar as devidas precauções ao cozinhar alimentos”, comenta Glaciane Mendes.
Conforme observou a diretora da Agevisa, métodos de cozimento como ferver demasiadamente os alimentos favorecem a formação da acrilamida, que também pode estar presente em batatas fritas caseiras e de pacote, empanados de frango à milanesa, biscoitos, bolachas crocantes e torradas, cereais de pequeno-almoço, batatas assadas e produtos de pastelaria, preparados mediante a utilização (ou reutilização) de óleo vegetal (de cozinha).
“Outros estudos identificaram este composto nas frutas secas, vegetais cozidos, azeitonas pretas e alguns frutos secos tostados”, comentou Glaciane, acrescentando que a substância também pode estar presente no café. “A acrilamida pode ser formada nos alimentos durante o processo de aquecimento, quando se atinge os 120ºC ou mais (p.e. fritar, tostar e assar)”, explica.
Tomando-se os devidos cuidados, não é preciso abandonar estes alimentos. Entretanto, Glaciane Mendes enfatiza que uma dieta saudável, à base de um maior consumo de frutas, legumes, cereais integrais, produtos lácteos desnatados, com baixo teor de gordura, bem como de carnes magras, peixe, feijão, ovos e nozes é muito melhor para a saúde humana.
Redação