Febre alta, conjuntivite e manchas no corpo são alguns dos sintomas da síndrome em crianças e adolescentes ligada à covid-19

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Febre alta e persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite e manchas no corpo são alguns dos sintomas da síndrome em crianças e adolescentes ligada à covid-19, alertou a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB). De acordo com o secretário Executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrammi, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), como é denominada, tem sua incidência e causas ainda desconhecidas.

“Nós temos observado uma inflamação fora do comum, diferente das já registradas na infância e adolescência e que está relacionada à covid. A gente ainda não conhece a incidência e os motivos. O mundo está observando com clareza o comportamento, quem são as pessoas vulneráveis. Os serviços de saúde, como descritos na Nota Técnica, tem sido alertados para isso”, afirmou Beltrammi ao ClickPB. A SES divulgou uma Nota Técnica alertando profissionais de saúde e secretarias municipais a notificarem os casos.

Ainda de acordo com o secretário Executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, as inflamações seriam decorrentes da ação do vírus no corpo da criança e do adolescente, mas que ocorre de forma geral e não em partes localizadas. “Isso foi percebido após crianças e adolescentes terem covid-19 e apresentarem esse problema”, comentou.

Conforme a SES, crianças e adolescentes que se contraíram o coronavírus têm chances de desenvolver uma doença rara, que pode levar à morte. Entre os sintomas mais comuns estão febre elevada e persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório, associado a marcadores de inflamação elevados e evidência de covid-19.

O Ministério da Saúde está monitorando os casos para entender a relação entre a doença e o coronavírus. No Brasil, três jovens já morreram, desde o início deste ano, no Rio de Janeiro. Outros 71 casos foram registrados em todo o País. Os pacientes tinham entre 7 meses e 16 anos. Até o momento, a Paraíba não apresenta nenhum caso confirmado da doença.

Redação