Médicos não sabem o que fazer para tratar pacientes que sofrem com chikungunya

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dengue florestaA funcionária pública Mônica dos Santos Moreira, 49 anos, está vivendo um drama. Ela tem sintomas de chikungunya há um mês e, pela dificuldade de andar, está se valendo de muletas. As dores são tão intensas que não houve dúvidas: passou a tomar medicamentos por conta própria. Segundo informações, os médicos dizem que não há tratamento específico, apenas aquele recomendado para quem tem dengue. Os profissionais têm medo de prescrever medicação, ainda estão perdidos, porque se sabe muito pouco da doença. Assim, os doentes ficam entregues à própria sorte.

Quem definha com a dor, se automedica, correndo o risco de agravar o quadro e colocando em risco a própria vida. Na Paraíba, são 12.957 casos notificados da doença.

“O conselho é orientar e promover debates, mas não há muito o que fazer. Infelizmente, não existe medicamento. Fazemos o diagnóstico, mas não há tratamento específico. Nossa situação tem sido de orientar e alertar”, diz o presidente do Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB), João Medeiros, que considera como maior arma o combate ao vetor. Ele reforçou que o Estado deve assumir essa responsabilidade em parceria com a população. “É a única forma que temos”.

Segundo o médico, a chikungunya é uma doença nova e existe pouca experiência em relação a ela. Há ainda o risco de confundir os sintomas. “São doenças que têm o mesmo vetor e são muito parecidas. Na chikungunya, o que predomina e chama mais a atenção é o quadro articular, que pode persistir por meses”, observou. Nas pessoas que têm uma doença de base, conforme João Medeiros, a situação é mais grave e, apesar do sofrimento de muitos pacientes, frisou que não se deve apelar para a automedicação.

Correio