Ministério da saúde orienta tratamento de crianças com microcefalia

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Crianças com suspeitas de microcefalia devem receber tratamento de estimulação precoce. Essa é a recomendação do protocolo nacional para a doença, divulgado nessa quarta-feira (13) pelo Ministério da Saúde. Um edital deve ser lançado a partir de março para capacitar cerca de 7.500 profissionais da área.

A partir do nascimento, o bebê que tenha a suspeita de microcefalia deve começar o tratamento., de preferência imediatamente ou nos 30 primeiros dias de vida, mesmo que a doença não tenha sido confirmada. A terapia estimula a visão, audição, movimentação do corpo e outras habilidades.

O secretário de Atenção a Saúde do Ministério, Alberto Beltrame, ressaltou que a família é fundamental no tratamento.

A funcionária pública Viviane Lime, de Manaus, tem 3 filhas. Duas nasceram com microcefalia e hoje têm 16 e 14 anos. No caso dela, a doença não foi associada ao Zika vírus. O diagnóstico da filha mais velha era de que ela não andaria e nem falaria. Viviane diz que a estimulação precoce fez o cérebro da filha desenvolver melhor.

O Brasil tem mais de 1.500 centros que prestam o serviço de reabilitação, especializados nesses casos. A região norte conta com 61 desses centros. Segundo o secretário Beltrame, onde não há o serviço especializado, os núcleos de Saúde da Família podem vir a prestar o serviço de estimulação precoce.

A Microcefalia causa a malformação do cérebro e pode ser associada a doenças mentais, auditivas, visuais e motoras. O país vive o surgimento da microcefalia em bebes decorrente do Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. Já são cerca de 3.500 casos suspeitos desde o ano passado, a maioria na região Nordeste.

Redação com EBC