Campanha nacional de vacinação contra o sarampo tem Dia D neste sábado (15)
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Este sábado (15) é o dia D de vacinação contra o sarampo em todo o Brasil.
A vacina é o único meio de impedir o contágio do sarampo. Segundo o Ministério da Saúde, quem tem entre seis meses e 59 anos deve ser vacinado contra a doença.
Mas o público-alvo do Dia D neste sábado são 3 milhões de crianças e jovens, com idades entre cinco e 19 anos.
O Ministério da Saúde enviou 3,9 milhões doses de vacina contra o sarampo para todo o país, 9% a mais do que foi pedido pelos estados. Essas doses vão servir para interromper a transmissão do vírus e também para a vacinação de rotina e uma dose extra chamada dose zero: para bebês de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade.
Quem tem de um a 29 anos, deve tomar duas doses. Entre 30 a 59 anos, apenas uma dose. Quem não se lembra de ter sido vacinado, deve comparecer ao posto de saúde com a carteira de vacinação.
Foi o que fez a guia de turismo Luciana da Silva Santos, de 46 anos: “eu estava na dúvida se eu tinha sido imunizada ou não, aí eu achei melhor tomar”.
“Se não tiver a caderneta, não tem problema. Receberá uma vacina como se não tivesse sido vacinado e isso não traz prejuízo à saúde”, explicou Patrícia Guttmann, superintendente de Vigilância em Saúde do Rio.
Segundo os médicos, a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com imunodeficiência e para quem estiver com febre. Mas quem acabou de dar à luz ou está amamentando deve se vacinar.
Em 2020, já foram confirmados 337 casos da doença no país; 67% dos casos estão no Sudeste: São Paulo e Rio. O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa.
“Uma pessoa pode transmitir entre 12 a 20 novos casos. Então, é uma das doenças, comparado com gripe, cerca de dez vezes mais”, avaliou André Siqueira, infectologista da Fiocruz.
Os principais sintomas são febre, tosse, irritação nos olhos, secreção no nariz e manchas vermelhas pelo corpo. Se houver complicações, pode levar à morte.
Foi o que aconteceu com o pequeno Davi Gabriel, de oito meses, no Rio. Ele morreu no dia 6 de janeiro, mas a causa só foi confirmada agora. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o bebê não tomou a dose porque ainda não tinha seis meses na época em que aconteceu a vacinação no abrigo onde vivia. É a primeira morte no estado em 23 anos.
“Não podemos aceitar nenhuma morte por uma doença imunoprevinível. Eu espero que essa criança, que infelizmente perdeu a sua vida, sirva de exemplo para os demais pais para que não ocorra a mesma coisa com os seus filhos. Eu tenho certeza que as famílias, com pais e responsáveis, vão amanhã, no Dia D, levar as suas crianças para se vacinar”, afirma Wanderson Kleber de Oliveira, secretário Nacional de Vigilância em Saúde.
Assessoria