Motoristas se distraem 10% do tempo ao volante, diz estudo

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Motoristas se distraem 10% do tempo ao volante, diz estudo

Motoristas americanos se distraem e tiram os olhos da pista durante 10% do tempo em que dirigem. Comer, pegar o celular e enviar mensagens de texto são algumas distrações comuns, que aumentam o risco de acidentes, sobretudo para jovens com pouco tempo de habilitação. É o que revela um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicine.

Os autores analisaram gravações feitas no interior de cerca de 150 veículos em movimento, um quarto deles conduzidos por pessoas com até três semanas de experiência no volante. A pesquisa revelou que os motoristas passaram 10% do tempo distraídos.

Durante o estudo, houve 685 acidentes ou quase acidentes causados pelo motorista. Os cientistas analisaram o que os condutores faziam no momento e perceberam que a experiência do condutor influenciou a ocorrência de sinistros.

Para motoristas veteranos – vinte anos de experiência, em média –, pegar um objeto, ingerir bebidas não alcoólicas e comer não elevou o risco de choques. Já fazer uma ligação no celular aumentou a chance em duas vezes e meia.

Os perigos foram maiores para quem tinha menos de dezenove meses de habilitação. Entre esse público, o risco de bater o carro ou quase bater foi oito vezes maior ao fazer uma ligação no celular; sete a oito vezes superior ao buscar um objeto ou telefone; quase quatro vezes maior ao escrever ou ler mensagens; e três vezes superior ao comer.

O hábito de mandar mensagens de texto foi analisado somente entre jovens motoristas – em ações gravadas entre 2006 e 2008, por dezoito meses. Isso porque os dados sobre condutores experientes foram coletados entre 2003 e 2004, durante doze meses, antes que as mensagens de texto se tornassem tão populares.

"Qualquer coisa que desvie a atenção de um condutor pode ser perigosa, mas nosso estudo mostrou que essas atividades são especialmente arriscadas para novos motoristas", afirma um dos autores do estudo, Bruce Simons-Morton, pesquisador do Instituto Nacional Eunice Kennedy Shriver de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano, nos Estados Unidos.

 

Fonte: Veja Online

 

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