Saúde faz mobilização nacional para incentivar vacinação contra HPV em meninas de 9 a 13 anos

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hpvO Ministério da Saúde está realizando uma mobilização nacional para incentivar as meninas de 9 a 13 anos a se vacinar contra o vírus HPV. Para reforçar a estratégia, foi lançada nesta quarta-feira (30) uma campanha publicitária com o slogan “Proteja o futuro de quem você ama”, que tem como objetivo sensibilizar pais e responsáveis sobre a importância da imunização. A campanha será veiculada entre os dias 3 e 15 de abril.

A meta é vacinar cerca de 1,7 milhão de meninas de nove anos em todos os 5.570 municípios do país e também incluir as de 10 a 13 anos que ainda não se vacinaram ou não completaram as duas doses necessárias para a efetiva imunização. O secretário de Vigilâncias em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, ressaltou a importância de aplicar duas doses da vacina, sendo que a segunda seis meses após a primeira. “Só assim, essas meninas poderão chegar à idade adulta livres da ameaça de uma doença como a câncer do colo de útero, hoje responsável pela quarta causa de morte na população feminina brasileira”, enfatizou o Secretário.

A vacina HPV faz parte do calendário nacional e está disponível em cerca de 36 mil salas de vacinação de todo o país. Além disso, as meninas poderão ser vacinadas nas escolas públicas e particulares.

Além das adolescentes de 9 a 13 anos, o que inclui também a população indígena na mesma faixa etária, também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Atualmente existem no Brasil cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e aids. Para meninas e mulheres nesta situação, o esquema vacinal consiste na administração de 3 (três) doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira (0, 2 e 6 meses).

A vacina adotada pelo Ministério da Saúde é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos de HPV (6; 11; 16 e 18). Esta vacina é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado nas infecções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero. Estudos apontam que 265 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 16 mil novos casos e cerca de 5,4 mil óbitos em 2016.

Redação