Sobe o número de mortes provocadas pelo vírus H1N1 na Paraíba
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O número de mortes provocadas pelo vírus H1N1 na Paraíba saiu de oito, em 17 de maio, para nove, conforme boletim divulgado nesta quinta-feira (2), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A quantidade de de pessoas que adoeceram por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também subiu; veja abaixo.
Conforme a SES, foram notificados 176 casos para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e, destes, 19 (10,7%) foram confirmados para influenza A (subtipo H1N1), o mesmo que circula desde 2009. Entre os casos notificados até o momento, em 31 deles (17,6%) foi descartada a presença do vírus de influenza. Os demais seguem em investigação.
Quanto aos óbitos, foram comunicados 27 casos de SRAG com suspeitas de algum vírus de influenza, sendo em nove confirmada a identificação viral para influenza A (H1N1) nos municípios de Alagoinha (1), Baía da Traição (1), Cacimba de Dentro (1), Campina Grande (1), João Pessoa (2), Maturéia (1), Sousa (1) e Mogeiro (1). Dez mortes foram descartadas para o agente etiológico de influenza e 15 óbitos seguem em investigação.
Ainda segundo o boletim epidemiológico, houve um aumento nos registros confirmados de pessoas que adoeceram com SRAG e que apresentaram o agente etiológico de influenza A (subtipo H1N1). Ele mostra que o ano de 2016 tem quatro casos notificados a mais que o ano de 2009, quando foi registrada a epidemia de H1N1 no Brasil e a pandemia mundial.
“No entanto, atualmente as notificações realizadas por SRAG englobam um número maior de doenças respiratórias, o que eleva o número de casos notificados. O objetivo é conhecer o comportamento não só das doenças ocasionadas pela influenza, como também das pneumonias, diferente do ano de 2009, quando as notificações eram feitas apenas para a influenza pandêmica H1N1”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega.
No que diz respeito aos registros notificados de SRAG, quanto à presença de comorbidades (pelo menos duas doenças num mesmo paciente), as doenças ocasionadas por outras causas são o grupo mais acometido (27%), seguido das cardiovasculares (18%), doenças metabólicas por diabetes mellitus (16%), do aparelho respiratório (12%), obesidade (8%), doença renal (4%), neurológica (5%), imunodeficiência (4%), Síndrome de Down (2%), doença hepática (2%) e no período puerperal (2%).
“É importante ressaltar que as prevalências de doenças cardíacas, pulmonares, metabólicas e neoplásicas aumentam com a idade, e que os pacientes de doenças crônicas muitas vezes não são vacinados por não estarem cientes de sua condição de risco ou por falta de recomendação médica”, informou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES, Anna Stella Pachá.
Diante do cenário atual, a SES recomenda à população e a todos os serviços de saúde do Estado intensificar as ações de prevenção e controle mencionados na Nota Técnica 01/04/2016 SES/PB – Orientações de prevenção para controle da transmissão de influenza no Estado da Paraíba.
“Para prevenir, é fundamental a lavagem frequente das mãos, evitar locais com aglomeração de pessoas e não levar crianças com gripe para a escola. Para os profissionais, é imprescindível manter a vigilância dentro do serviço – identificando precocemente os casos suspeitos e intervindo oportunamente para que estes não cheguem à gravidade, podendo culminar em óbito”, orienta a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES, Izabel Sarmento.
Sintomas
De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES, Anna Stella Pachá, a gripe simples é aquela em que o paciente está bem, podendo tratar tranquilamente em casa com hidratação e repouso. Já a síndrome respiratória aguda grave é quando o paciente tem necessidade de internamento. “É exatamente nestes casos graves que deve acontecer a notificação e a coleta de amostras. Esse cuidado maior serve para identificar corretamente as causas da complicação: se realmente é a influenza ou um resfriado e qual o tipo do vírus”, explicou.
As amostras a serem encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) devem ser coletadas até o sétimo dia do início dos sintomas, preferencialmente no terceiro dia, quando normalmente a excreção viral é maior. O profissional deve evitar coletar amostras com mais de sete dias, porque certamente o paciente não estará mais excretando o vírus e o exame dará negativo ou impreciso. As amostras precisam ser coletadas corretamente para que seja identificada com precisão a presença do vírus H1N1 ou outro que tenha ocasionado a influenza.
Redação