Surto de chikungunya e zika em cidade da PB zera estoque em farmácias e lota UPA e hospital

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dengueO surto da febre chikungunya e de zika, doenças transmitidas pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, no município de Monteiro, no Cariri do estado a 301 km de João Pessoa, fez o governo municipal decretar situação de emergência na saúde pública. Unidades de saúde estão super lotadas e algumas farmácias da cidade estão sem medicamentos para combater a doença.

Conforme levantamento feito, um hospital e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estão atendendo apenas idosos e crianças. Os adolescentes e adultos que são diagnosticados são medicados com dipirona, paracetamol e orientados a ficarem em casa de repouso.

Três farmácias procuradas pela reportagem confirmaram problema no abastecimento. Uma das atendentes, que não quis ser identificada, informou que o medicamento Dipirona de 1g não tem no estoque. Os fornecedores reduziram a quantidade de entrega para não desabastecer outras cidades.

Segundo a secretária de Saúde do Município, Anna Lorena Nóbrega, o aumento dos registros entre novembro de dezembro foi de 300%. “Estamos com superlotação na UPA. A quantidade de dipirona, soro e paracetamol que gastamos em um mês passou a ser utilizada em quatro dias. Quando os casos são diagnosticados, as pessoas são orientadas a ficarem em casa de repouso e tomando medicamento. Na UPA, o paciente pode ficar até 24 horas”, falou.

Conforme a Prefeitura de Monteiro, a UPA 24 horas que tem uma média de 100 atendimentos por dia pulou para 250. O consumo de dipirona injetável de 600 aplicações por mês passou para 200 por dia. Em novembro foram registrados 96 casos de dengue, em dezembro já são 596.

Nesta segunda-feira (28), um mutirão percorreu ruas dos bairros da cidade. Denominada de ‘Segunda da Faxina’, a mobilização contou com a participação da sociedade civil, Polícia Militar, servidores públicos a agentes de saúde. “A ação inclui vasta programação com orientação e visitas domiciliares. Como medida para combate ao mosquito, vamos distribuir larvicidas e o peixe GUP, que se alimenta das larvas. Mas é importante as pessoas se conscientizarem do problema que estamos passando para acabar com possíveis criadouros”, disse Anna Lorena.

Redação