Vacina contra Zika começa a ser testada em novembro e poderá ser usada até 2018
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O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (20) que a vacina para combate ao vírus Zika estará disponível para testes no Brasil a partir de novembro deste ano, em parceria com o Instituto Evandro Chagas (PA) e a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos. Segundo o Ministério, a população poderá ter acesso à imunização até 2018.
A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade fértil. “As novas tecnologias são fundamentais para conseguirmos acelerar o processo de desenvolvimento da vacina. Se as fases correrem dentro do esperado, em dois anos poderemos ter a vacina pronta para produção”, observou Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, o imunobiológico será fundamental para ajudar a diminuir a incidência dos casos de microcefalia em bebês. “A vacina ajudará a prevenir a transmissão do vírus Zika para as mulheres e suas consequências, como a microcefalia. Elas estarão protegidas e poderão engravidar com mais tranquilidade”, explica.
O imunobiológico não poderá ser aplicado em gestantes, mas o instituto também desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para ser utilizado em grávidas. Essa vacina deverá estar disponível para testes até fevereiro de 2017, segundo a previsão de Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.
Encerrado o desenvolvimento da vacina pelo Instituto Evandro Chagas, a previsão é que em fevereiro de 2017 sejam iniciados os estudos clínicos (em humanos) para testar sua eficácia na população. Essa etapa será executada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).
Redação