‘Vamos avaliar a vacinação para todo o Brasil’, diz ministro sobre a febre amarela
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O ministro da saúde, Ricardo Barros, disse na noite desta segunda-feira (19) que o governo estudará a possibilidade de vacinar todo o Brasil contra a febre amarela. Ele explicou que a medida deverá ser avaliada melhor após o encerramento desse ciclo da doença, que ocorrerá em junho.
Barros compareceu ao programa Roda Viva, da “TV Cultura”. Falou, na maior parte do tempo, sobre o atual surto de febre amarela. Ele disse que há vacinas disponíveis para todos os brasileiros que ainda não receberam uma dose.
“Vamos avaliar agora a vacinação para o Brasil [inteiro]”, disse. “Ainda vamos estudar, mas podemos tomar essa decisão”.
Atualmente, apenas uma parte do Brasil é área de recomendação permanente. Outra parte do país passou a ter a recomendação devido aos novos casos. Veja a área:
‘Minas não fez a lição de casa’
O ministro lembrou que Minas Gerais lidera o número de casos, assim como no último surto entre o fim de 2016 e o início de 2017. Segundo ele, porque o estado “não fez a lição de casa”. Por outro lado, elogiou o trabalho do Espírito Santo, sem reincidência de surto neste ano.
Ao ser questionado sobre uma possível punição ao estado de Minas, Barros diz que respeita a “autonomia dos municípios”. Segundo ele, há maior garantia de sucesso quando o trabalho é feito pelos gestores locais.
“O risco é muito menor se a decisão é tomada lá perto do problema”, disse.
Além disso, o ministro disse que a febre amarela deverá ocorrer todos os anos no Brasil. Segundo ele, desde a década de 40, o país tem 80 a 90 casos da doença na região da Amazônia. A diferença está na chegada em novos estados.
“Vamos ter que conviver com a febre amarela, porque é endêmica no país”.
Dados 2017/2018
Na última sexta-feira (16), o ministério divulgou os novos números da doença. Desde julho do ano passado, foram 464 casos confirmados da doença, sendo que 154 pessoas morreram devido à infecção.
Foram recebidas 1.626 notificações neste período – pacientes com suspeita de febre amarela. Os órgãos de saúde descartaram 684 casos e 478 ainda estão sendo investigados.
Redação