Vitamina D não teria efeito protetor em doenças cardíacas, diz estudo
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Vitamina D (Foto: Reprodução/Globo Repórter)
Tomar vitamina D não teria efeito protetor significativo contras as doenças cardiovasculares, o câncer, ou as fraturas, de acordo com estudo publicado nesta sexta-feira (24) na revista médica britânica "Lancet Diabetes § Endocrinology".
Pesquisadores neozelandeses consultaram mais de 40 estudos para tentar estabelecer o impacto da vitamina D na prevenção de uma série de doenças. Para tanto, estabeleceram como parâmetro que, para ser relevante, a vitamina teria que reduzir o risco de doenças em 15% ou mais.
Segundo os resultados desse estudo, o suplemento de vitamina D se traduziu em uma diminuição do risco de doença cardiovascular, de câncer, ou de fratura inferior aos 15% estabelecidos como piso, sendo considerado, então, negligenciável pela equipe.
Absorção de cálcio
Apenas as pessoas idosas que vivem em instituições para a terceira idade se beneficiaram da vitamina D em associação com o cálcio, registrando uma redução do risco de mais de 15%.
"Levando-se em conta esses resultados, é muito pouco justificável prescrever a vitamina D para prevenir os infartos, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), o câncer, ou as fraturas", destacam os autores, lembrando que metade dos americanos adultos toma vitamina D.
A vitamina D tem um papel maior na mineralização óssea, estimulando a absorção intestinal do cálcio e sua fixação no osso. Ela é produzida, principalmente, pelo corpo, sob a ação de raios ultravioletas (UVB) na pele, mas também pode ser ingerida na forma medicamentosa.
Vários estudos – com frequência contraditórios – foram feitos nos últimos anos sobre o papel da vitamina D, até agora vista com um efeito protetor para a saúde.
Em março de 2013, cientistas britânicos demonstraram que a ingestão de vitamina D em mulheres grávidas não teve impacto na saúde óssea das crianças.
Em novembro de 2012, outros pesquisadores haviam apresentado uma relação entre a carência de vitamina D observada nas mulheres que vivem em zonas geográficas de baixa incidência de luz solar e o risco aumentado de esclerose em placas nos filhos.