A Câmara dos Deputados já inscreve candidatos em seu concurso para técnico (nível médio) e analista (superior) legislativos. Há 113 vagas para atuação em Brasília, onde acontecerão as provas. Entretanto, devido aos altos salários – de R$12.286,61 para técnico e de R$25.125,39 para analista – e à estabilidade do regime estatutário, a seleção pode interessar a quem mora no Rio de Janeiro. A carga de trabalho é de 40 horas semanais. São 60 vagas para o nível médio – na atribuição agente da Polícia Legislativa – e 53 para o nível superior, com formação em qualquer área – para consultor de orçamento e fiscalização financeira e consultor legislativo. O último cargo ainda se divide em 21 áreas, cada uma com programa próprio.
As inscrições são aceitas até o próximo dia 24, no site do Cespe/UnB, organizador. A taxa é de R$110 (técnico) ou R$150 (analista) e poderá ser paga até 10 de março. Pedidos de isenção poderão ser feitos durante todo o prazo, também na página do concurso. O benefício será dado aos cadastrados nos programas sociais do governo federal. Serão aplicadas provas objetiva e discursiva, além de teste físico para técnico e avaliação de títulos para analista. No caso destes, os dois primeiros exames estão marcados para 13 e 20 de abril, respectivamente. Os concorrentes a técnico farão ambas as provas no mesmo dia, 20 de abril. Os concorrentes ao cargo do nível médio responderão a 140 itens sobre Conhecimentos Básicos (70) e Específicos (70) e terão de fazer uma redação. Já os do superior, a 220 itens, metade de cada grupo, além de elaborar quatro ou cinco textos de tipos diversos. O resultado da primeira fase está previsto para 12 de maio. A validade do concurso será de dois anos, podendo ser dobrada.
Serviço
Inscrição e isenção: www.cespe.unb.br/concursos/cd_14_at
Especialista critica provas somente em Brasília
Apesar dos salários atrativos, muitos interessados não poderão participar do concurso da Câmara dos Deputados. O motivo é a realização das provas apenas na capital federal, Brasília, e os custos da viagem para poder fazê-las. Na opinião desses potenciais candidatos, por se tratar de um órgão de alcance nacional, os exames deveriam ser aplicados nas capitais de todos os estados. Procurada pela equipe de reportagem da FOLHA DIRIGIDA, a Câmara ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Para Paulo Estrella, especialista em concursos e diretor acadêmico da Academia do Concurso, trata-se de uma injustiça, pois uma enorme quantidade de pessoas será impedida de concorrer às vagas e aos salários extremamente atrativos. “O salário de agente da Polícia Legislativa chega a ser maior que o da Polícia Federal”, aponta. O especialista vê essa decisão como um “fator limitador”, pois o órgão estaria abrindo mão de um grande número de funcionários capacitados ao limitar a concorrência da seleção. “Não acho que essa seja uma tentativa de beneficiar alguém, mas só quem vive nos arredores (de Brasília) vai fazer a prova. Talvez o órgão acredite que a concorrência seja grande mesmo com provas só lá”, opina. A despeito disso, ele considera que a opção da Câmara foi “mal pensada”, já que, apesar dos custos, um concurso com maior número de candidatos seria mais vantajoso para a Câmara federal.
Sobre a possibilidade de as regras serem alteradas, o professor se diz pessimista. “Apesar de eu achar um erro grave, é difícil. Eu gostaria muito que houvesse uma alteração, mas o edital já foi lançado, com os custos definidos pela banca. Isso demandaria todo um novo contrato alterar os locais da prova. Não acho que haja tempo hábil”, cogita.
As inscrições são aceitas até o próximo dia 24, no site do Cespe/UnB, organizador. A taxa é de R$110 (técnico) ou R$150 (analista) e poderá ser paga até 10 de março. Pedidos de isenção poderão ser feitos durante todo o prazo, também na página do concurso. O benefício será dado aos cadastrados nos programas sociais do governo federal. Serão aplicadas provas objetiva e discursiva, além de teste físico para técnico e avaliação de títulos para analista. No caso destes, os dois primeiros exames estão marcados para 13 e 20 de abril, respectivamente. Os concorrentes a técnico farão ambas as provas no mesmo dia, 20 de abril. Os concorrentes ao cargo do nível médio responderão a 140 itens sobre Conhecimentos Básicos (70) e Específicos (70) e terão de fazer uma redação. Já os do superior, a 220 itens, metade de cada grupo, além de elaborar quatro ou cinco textos de tipos diversos. O resultado da primeira fase está previsto para 12 de maio. A validade do concurso será de dois anos, podendo ser dobrada.
Serviço
Inscrição e isenção: www.cespe.unb.br/concursos/cd_14_at
Especialista critica provas somente em Brasília
Apesar dos salários atrativos, muitos interessados não poderão participar do concurso da Câmara dos Deputados. O motivo é a realização das provas apenas na capital federal, Brasília, e os custos da viagem para poder fazê-las. Na opinião desses potenciais candidatos, por se tratar de um órgão de alcance nacional, os exames deveriam ser aplicados nas capitais de todos os estados. Procurada pela equipe de reportagem da FOLHA DIRIGIDA, a Câmara ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Para Paulo Estrella, especialista em concursos e diretor acadêmico da Academia do Concurso, trata-se de uma injustiça, pois uma enorme quantidade de pessoas será impedida de concorrer às vagas e aos salários extremamente atrativos. “O salário de agente da Polícia Legislativa chega a ser maior que o da Polícia Federal”, aponta. O especialista vê essa decisão como um “fator limitador”, pois o órgão estaria abrindo mão de um grande número de funcionários capacitados ao limitar a concorrência da seleção. “Não acho que essa seja uma tentativa de beneficiar alguém, mas só quem vive nos arredores (de Brasília) vai fazer a prova. Talvez o órgão acredite que a concorrência seja grande mesmo com provas só lá”, opina. A despeito disso, ele considera que a opção da Câmara foi “mal pensada”, já que, apesar dos custos, um concurso com maior número de candidatos seria mais vantajoso para a Câmara federal.
Sobre a possibilidade de as regras serem alteradas, o professor se diz pessimista. “Apesar de eu achar um erro grave, é difícil. Eu gostaria muito que houvesse uma alteração, mas o edital já foi lançado, com os custos definidos pela banca. Isso demandaria todo um novo contrato alterar os locais da prova. Não acho que haja tempo hábil”, cogita.
Folha Dirigida