Número de desempregados cai, mas ainda atinge 13 milhões de pessoas
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O número de desempregados no trimestre de junho a agosto deste ano caiu em relação ao trimestre passado. A taxa de desocupação para junho, julho e agosto ficou em 12,6%, representando uma redução de 0,7% em relação a março, abril e maio. De acordo com os resultados da pesquisa Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nessa sexta-feira (29), foram registrados 13 milhões de pessoas sem ocupação nos últimos três meses.
O número de empregados aumentou em relação ao trimestre passado. O Brasil conta agora com pouco mais de 91 milhões de trabalhadores, 1,5% a mais do que março, abril e maio. O economista e especialista em indicadores de mercado de trabalho, Cid Cordeiro, explica que essa margem deve melhorar, mesmo que lentamente.
“A expectativa era essa, da continuidade da queda do desemprego. Ela veio até um pouco abaixo das projeções e estimativas do mercado, que estava trabalhando com 12,7%. Tivemos um pico do desemprego no trimestre de janeiro a março, que chegou a atingir 13,7%. Ela é alta ainda em relação ao ano passado, que tinha registrado 11,8% [nesse mesmo período] e em relação a dois três anos anteriores que a taxa estava no patamar de 8%. O desemprego ainda está num patamar elevado, mas agora com tendência de queda.”
O número de empregados com carteira assinada ficou estável em relação ao segundo trimestre deste ano, com 33 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período no ano passado, houve queda de 2,2%. Os empregados sem carteira assinada cresceram 2,7% em relação ao trimestre passado, com 286 mil pessoas a mais. Os que trabalham por conta própria somaram quase 23 milhões, um crescimento de 2,1% em relação a março, abril e maio. Cid Cordeiro comenta esses dados.
“Nesse resultado do trimestre, 70% foi do mercado informal. Claro que não será esse perfil que nós teremos pela frente, mas, sem dúvida, com a precarização das relações de trabalho, com a reforma trabalhista, são medidas que incentivam mais a informalidade.”
A pesquisa mostra também que o rendimento do trabalhador se manteve estável se comparado ao trimestre anterior. A média salarial para junho, julho e agosto ficou em dois mil e cento e cinco reais.
Redação