Veja os erros e acertos ao montar seu currículo
Por - em 8 anos atrás 540
Um currículo bem feito pode ser determinante na hora de escolher um candidato para uma entrevista de emprego. Erros sutis e pequenos deslizes podem, por outro lado, colocar tudo a perder quando se trata de conquistar a desejada vaga de trabalho.
Pode ser este o motivo pelo qual um candidato nunca é chamado para uma entrevista. Especialistas em carreira e recursos humanos listaram as dicas mais importantes para chamar e prender a atenção dos recrutadores.
O QUE PRIORIZAR |
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Não deixe fora: Idade Dados de contato (email e telefone) Objetivo profissional Experiência profissional (mesmo sem registro em CLT) Formação acadêmica |
Deixe de fora: Fotografia (a menos que o recutador peça) Pretensão salarial (diga somente na entrevista) Experiência profissional antiga ou irrelavante Cursos de menor importância Nível básico de idiomas |
Informações opcionais: Trabalho voluntário (apenas quando falta experiência profissional) Habilidade em alguma ferramenta ou software Realizações e metas cumpridas |
“As informações que devemos destacar são as que valorizam o currículo. Se o profissional possui ampla experiência na área e gerou grandes resultados, coloque em destaque. Caso possua uma excelente formação, valorize o currículo dessa maneira”, diz Flávia Mentone, consultora de recursos humanos e diversidade.
Veja como as informações devem ser colocadas no currículo:
Informações pessoais
Deve conter nome, endereço, telefone, email e idade. “Não oculte sua idade, pois muitos recrutadores já têm uma faixa etária desejável e você pode ser eliminado automaticamente em uma entrevista por causa disso”, diz Ricardo Karpat, especialista em RH da Gabor Recursos Humanos.
Objetivo profissional
Se o profissional estiver procurando trabalho em diferentes áreas, faça diferentes currículos, destacando as competências para as cada função, recomenda Flávia Mentone, consultora de recursos humanos e diversidade. Deixe clara sua área de interesse. Segundo Karpat, não pega bem colocar duas áreas muito diferentes, como administração e saúde. “Passa a impressão de falta de foco”, diz. No máximo, pode-se colocar áreas relacionadas, como marketing e publicidade.
Formação acadêmica
Coloque do curso mais recente ao mais antigo. Não esqueça de colocar o nome da instituição e as datas de início e fim do curso. “Quem tem mestrado ou pós graduação, por exemplo, não precisa colocar informação do colegial, apenas dados do ensino superior”, recomenda Karpat.
Experiência profissional
Também deve-se colocar do recente para o mais antigo. Karpat sugere no máximo os três últimos empregos ou apenas os mais relevantes. As experiências profissionais que ficaram de fora podem e devem ser informadas durante a entrevista. O candidato de “pulou de galho em galho” em muitos empregos pode omiti-los no currículo, mas não deve deixar de mencioná-los mais para frente, diz o especialista. No caso de profissionais que não possuem muita experiência, pode colocar algum trabalho voluntário, recomenda Flávia. Atividades profissionais sem registro em carteira também devem ser colocadas, diz a especialista.
Idiomas
Não adianta dizer que o inglês é fluente se o candidato só tem o nível avançado, comenta Karpat. “Só coloque a qualificação se você realmente tiver”. Um erro comum é colocar o nível básico de idiomas no currículo. “Se é básico, eu deixaria esta informação de fora. Nenhuma empresa costuma pedir conhecimento básico de um idioma, então isso não agrega ao currículo”, analisa.
Veja abaixo os principais erros ao montar seu currículo:
Visual e cores chamativas
A menos que o objetivo seja trabalhar em uma área criativa, como em agências de publicidade, a recomendação é que o currículo seja o mais sóbrio possível, diz Ricardo Karpat, especialista em RH da Gabor Recursos Humanos. Isso vale especialmente para as áreas administrativa, contábil e jurídica das empresas. Evite papeis coloridos e letras com cores diferentes, pois isso passa uma impressão negativa para vagas mais sérias, orienta o especialista. Flávia Mentone, consultora de recursos humanos e diversidade, sugere que o ideal é usar letras pretas com tamanho entre 10 e 12, e as fontes Arial ou Times New Roman.
Currículo muito longo
“O currículo deve conter uma página e no caso de profissionais experientes, no máximo duas páginas”, diz a consultora Flávia. As descrições da experiência profissional e da formação acadêmica devem ser curtas e objetivas, e deve-se deixar de fora o que não agrega valor. Karpat, da Gabor Recursos Humanos, explica que o currículo é um resumo das suas qualificações, como se fosse um trailer da sua vida. “Não tem como contar tudo, por isso você deve omitir informações”, diz. Lá, só deve constar o que realmente importa para a função desejada.
Falta de foco
Dizer que aceita “qualquer função” também não é recomendável, observa o especialista. Quando o candidato não sabe em qual função pretende atuar, é preferível colocar no objetivo profissional uma informação mais abrangente, como “área administrativa” e “jornalismo”.
Confundir experiência pessoal com profissional
Não adianta mencionar que fez uma viagem internacional se ela foi somente de turismo, observa Karpat. Já se o objetivo foi fazer um curso de idiomas, por exemplo, a história muda. O mesmo vale para cursos livres como culinária ou yoga. “Se a informação não agrega para o cargo pretendido, não deve ser mencionada no currículo”, diz o executivo.
Colocar informações que devem ficar de fora
A fotografia do candidato só deve ser colocada no currículo quando pedida pelo anúncio da vaga. “Afinal, o que está sendo avaliado são as competências e não a aparência do candidato”, comenta Flavia. O mesmo vale para a pretensão salarial, diz a especialista em RH. “Ela só deve ser colocada quando o selecionador solicitar. Geralmente, a empresa pergunta a pretensão durante a entrevista. O currículo deve conter somente as informações que agregam valor à função desejada.
Erros de ortografia
Este é um dos erros mais comuns e que passa má impressão, lembra Flávia. Faça uma boa revisão de todo o seu currículo antes de enviá-lo ao recrutador, pois um pequeno deslize de digitação ou erro gramatical conta vários pontos contra o candidato.
G1