Impasse no financiamento de veículos abala economia e coloca segmento em risco, na PB

Por - em 8 anos atrás 477

financiamento veiculoO segmento de revenda de carros novos e usados aguarda com grande expectativa a resolução do impasse entre as financeiras e o Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran), criado a partir da troca da empresa que emite registro de Gramave, na Paraíba. A venda de carros está suspensa há três semanas, provocando prejuízos incalculáveis, principalmente, aos pequenos comerciantes. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores da Paraíba (Fenabrave), o prejuízo diário gira em torno de R$ 200 mil.

O Detran-PB decidiu trocar a empresa que gera o gravame – Cetip pela Bunkertech – de forma unilateral, sem promover licitação para a escolha de uma nova empresa para realizar o serviço no Estado. A medida não foi aceita pelos bancos e, por meio da Federação dos Bancos, decidiram bloquear qualquer tipo de financiamento de carros na Paraíba

A decisão do Detran-PB repercutiu de forma negativa e pode provocar conseqüências incalculáveis para a economia da Paraíba. A perda de faturamento por um mês pode resultar num abalo sistêmico no segmento, com prejuízos tanto para as empresas, mas, principalmente, para os clientes. É de urgência vital que haja um entendimento, uma flexibilização por parte do Detran-PB para não continuar afetando a economia paraibana.

Impasse

O impasse, que é um fato único no Brasil, coloca em risco o segmento, que pode começar a perder clientes para outros Estados. “Não queremos defender A ou B, mas assegurar que voltem a financiar a aquisição de veículos no Estado”, afirmou o presidente da Fenabrave-PB, Paulo Guedes Pereira.

O segmento não pode pagar por uma coisa a qual não está nada afeto, que não tem nenhuma ingerência sobre os bancos, muito menos pela decisão do Detran-PB. O que se deseja é que haja um entendimento urgente para resolver o impasse. O segmento, em especial, os pequenos comerciantes, que também não têm nenhuma responsabilidade, nem interesse na continuação desse impasse, quer que haja normalização no mercado seja com qual empresa a atuar.

Redação