Salão de Artesanato segue com atrações culturais em JP; vendas passam de R$ 265 mil
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A 25ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba prossegue com sucesso de vendas e público. A programação cultural segue a temática deste ano “Raiz cultural de um povo”, e traz atrações locais, de raiz folclórica, que homenageia símbolos da cultura nordestina. A comercialização do artesanato ultrapassa R$ 265 mil, e o espaço agrega gastronomia, atrações musicais e ainda uma iniciativa de incentivo à leitura.
A gestora do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) informou os últimos números do Salão. Até o dia 22 de janeiro, as vendas eram de R$ 265,5 mil, com uma média diária de R$ 53 mil em vendagem, desde o dia da abertura, no último 18 de janeiro. A tipologia mais comercializada foi a de habilidades manuais, com R$ 18 mil em vendas, seguida de madeira, em segundo lugar; depois couro e fios, que inclui peças em tricô, crochê e renda renascença. “Creio que as habilidades manuais se sobressaem em vendas pelos preços e pela diversidade. Essa tipologia tem entrada muito criteriosa no programa e inclui artesanato de diversos tipos, do biscuit à pintura em pano de prato”, comentou Lu Maia.
Atrações – A programação cultural continua como uma atração à parte na edição do Salão. Nesta terça-feira (24) e quinta-feira (26) se apresentam a dupla performática “Lampião e Maria Bonita”, um casal de idosos que se veste como a famosa dupla de cangaceiros e faz uma performance que inclui um misto de dança, música e teatro, além de ser uma atração fotográfica para visitantes e turistas.
O artesão João dos Ramos se apresenta na quarta-feira (25) com seu grupo de música regional. Damião Moreno é a atração de sexta-feira (26); depois Grupo Raízes (sábado – 28) e Alexandre Pé de Serra (domingo – 29). Lu Maia ressalta que todas as atrações são de paraibanos e deu um destaque ao Grupo Raízes, grupo de danças folclóricas de Campina Grande.
“Eles começam o espetáculo com rezas e velas acesas. Para o artesão, em sua maioria, religioso, é um momento muito importante, quando eles param para agradecer, se benzer. Depois vêm o espetáculo das nossas tradições, com muito xaxado e baião”, explicou a gestora.
O artesão Vidal Negreiros, representa o município de Picuí, localizado na região do Seridó Paraibano na modalidade Mineral.
Incentivo à leitura – Uma atração inédita e em parceria com o Salão e a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) é a biblioteca volante do Sebo Cultural. “Como sou bibliotecária, tenho essa preocupação. E o Sebo Cultural tem esta mesma preocupação de incentivar a leitura. Nesta parceria, tudo funcionou muito bem. Fica num espaço de cultura, próximo à biblioteca, deu muito certo”, relatou Lu.
Segundo o proprietário do Sebo Cultural, tradicional sebo de livros de João Pessoa, Heriberto Coelho, após dois anos de gestação, ganhou forma este projeto cujo principal objetivo é fomentar o hábito da leitura. A livraria volante é um caminhão cuja carroceria foi especialmente adaptada para comportar estantes contendo obras de vários gêneros. Heriberto relatou que está usando o automóvel pela primeira vez, ainda em caráter experimental, durante esta edição do Salão de Artesanato da Paraíba, o projeto, denominado “O livro até você” ele espera oferecer ao público quatro mil obras, ao preço promocional único de R$ 5.
As obras expostas abrangem todos os gêneros literários, a exemplo de poesia, romance e, inclusive, os da área técnica. A parte central do caminhão/livraria itinerante é dedicada a autores paraibanos.
Raiz cultural de um povo – Esta é a temática da 25 edição do Salão de Artesanato da Paraíba. Segundo o sociólogo Estavam Dedalus, sociólogo que escreve semanalmente para o jornal A União, somos seres afetivos, da racionalidade e dos símbolos. Sem sistemas de símbolos não haveria religiões, nem ciência ou tecnologia, costumes, tradições filosofia ou arte.
“O 25º Salão de Artesanato da Paraíba: Raiz Cultural de um Povo oferece a seus visitantes a possibilidade de penetrar no universo de saberes tradicionais, nas tramas históricas da oralidade, de se alimentar de um repasto servido de geração a geração. Os trabalhos aqui expostos entrecruzam múltiplos sentidos: imagéticas populares, memórias profundas, signos locais e universais. É um patrimônio cultural vivo, material e simbólico, que desenraiza certo modo de ser paraibano”, escreve Dedalus
Nesta edição, o Governo do Estado assume o importante papel de indutor do desenvolvimento do artesanato paraibano com a criação de novas fontes de renda e a valorização de identidades locais. Além de incentivar a preservação e a retransmissão de parte do patrimônio cultural da Paraíba para o mundo.
Programa de Artesanato da Paraíba – O mais novo lema do Programa é “o PAP não para”. Para a coordenação, o artesanato é uma das maiores expressões da cultura paraibana. Através de um simples objeto, se manifesta o modo de vida de um povo, trazendo crenças, costumes, tradições e histórias. Com técnicas passadas entre gerações, os artesãos continuam produzindo o seu meio de vida e perpetuando o trabalho artesanal.
O 25º Salão de Artesanato da Paraíba é uma ação de desenvolvimento econômico, cultural e social realizada pela Secretaria de Estado do Turismo intermediada pelo PAP, que consolida o artesanato no estado como atividade econômica, gerando oportunidade de trabalho e renda para os artesãos paraibanos.
Redação