Boqueirão cai para 6,9% e dados do volume ganham espaço em ‘impostômetro’

Por - em 8 anos atrás 923

 impostronomo jpeA crise hídrica na Paraíba continua como foco central de debates e a cada dia ganha um capítulo nessa corrida contra um colapso em cidades como Campina Grande, onde o açude que a abastece chegou a 6,9% da capacidade. A Associação Comercial do município está utilizando o impostômetro para informar dados do volume do açude, enquanto em Brasília, deputados da Frente Parlamentar das Águas, da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), se reuniram com o ministro da Integração Social, Helder Barbalho, cobrando medidas urgentes. Assista abaixo.

A assessoria de comunicação da Associação informou que o painel continua mostrando outras informações e os números dos impostos, mas também abriu espaço para incluir dados do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que abastece Campina. “Colocamos um programa que tem como base informações da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) que faz a contagem do volume”, informou a assessoria. O painel de LED fica na esquina da Rua Maciel Pinheiro com a Avenida Floriano Peixoto, no Centro, em trecho de grande trânsito e visibilidade.

Boqueirão chegou a 6,9% da capacidade nesta quarta-feira (21), pior nível desde que foi criado nos anos 1950. O governo do Estado, por meio do governador Ricardo Coutinho (PSB), da Aesa e da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) veem apenas como solução definitiva para o problema a conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco. A previsão é de que elas terminem em dezembro deste ano e a água abasteça Campina a partir de abril, mas haveria risco dessa água só chegar às torneiras no fim do primeiro semestre de 2017.

Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, tem 7,3% da capacidade

Foto: Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, segue rumo ao colapso
Créditos: Reprodução/TV Correio HD

Dos 126 açudes monitorados pela Aesa, 54 estão em situação crítica, ou seja, com menos de 5% da capacidade máxima. Outros 34 estão menos de 20%, 38 têm mais de 20% e não há barragens sangrando. “Tivemos uma redução significativa no volume dos reservatórios. Ela foi provocada pelo consumo, evaporação e pela baixa recarga, já que os últimos três meses foram de chuvas bem abaixo da média”, lembrou o presidente da Aesa, João Fernandes da Silva. 

Nesta quarta (21), deputados paraibanos foram recebidos em Brasília pelo ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, para apresentar relatórios sobre a situação hídrica da Paraíba e pedir celeridade nas obras da transposição.

Redação