Governo oferece formação para professores das Escolas Cidadãs Integrais

Por - em 9 anos atrás 631

Cerca de 150 professores das Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas estão participando até sexta-feira (19) da formação para a nova modalidade de ensino que será aplicada em oito escolas do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino.  “O objetivo é capacitar estes professores, para aplicar essas inovações em sala de aula, tornando-os capazes de desenvolver trabalhos em cima do projeto de vida de cada estudante”, ressaltou o secretário de Estado da Educação, Aléssio Trindade, ao abrir oficialmente os trabalhos nesta segunda-feira (15).

A formação está sendo realizada na Pousada Paraíso dos Colibris, no município do Conde, pela Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Instituto de Co-Resposabilidade pela Educação (ICE), Instituto Natura e Instituto Sonho Grande. A capacitação consta de diversas atividades pedagógicas, tais como as bases teóricas e metodológicas da Escola Cidadã, o protagonismo e suas práticas e vivências, modelo de gestão, tutoria, princípios educativos e espaço aberto para falas e escuta.

Todo esse conhecimento os professores que participam da formação vão aplicar nas escolas cidadãs da rede estadual, que vão funcionar a partir deste ano, tais como: as escolas técnicas estaduais de João Pessoa, Bayeux e Mamanguape, a Escola Padre Hildon Bandeira, localizada no bairro da Torre, na Capital; a Escola Helinton Santana, em Santa Rita; a Escola Nenzinha Cunha Lima, em Campina Grande; a Escola Antonio Batista Santiago, em Itabaiana; e a Escola Francelino de Alencar Neves, em Itaporanga.

O especialista em gestão do ICE, Roberto Chimen, explicou que a Escola Cidadã tem um diferencial inovador, com foco no modelo pedagógico, com a constituição, orientação aos estudantes, elaboração do seu projeto de vida, dando oportunidade a todos no sentido de que eles possam pensar no seu futuro, potencializar e se preparar para a vida, ou seja, para que ele possa no futuro ser um cidadão completo, íntegro.

“Quanto ao modelo de gestão, é importante para que toda a equipe escolar possa apoiar esse projeto e conduzir o que é necessário para oferecer uma educação de qualidade no Estado. Para o professor é necessário que ele possa se empoderar do modelo e transmitir para o estudante o que chamamos de princípios educativos, fazendo com que os estudantes sejam ouvidos, expressem suas intenções e sejam atendidos. O foco deve ser a demanda das necessidades dos estudantes, visando não só mudanças de dentro pra fora da escola, mas de fora pra dentro’, assegurou Chimen.

A consultora do Instituto Co-Responsabilidade pela Educação, Ladjane Torres, revelou que esse modelo de escola possibilita aos estudantes desenvolver todas as suas possibilidades. “Autonomia como pessoa, solidário como cidadão e competente para o mundo do trabalho. Foco na educação integral em todas as dimensões cognitivas, emocionais efetivas, sentimentais, construção do projeto de vida para a vida do jovem”, observou.

Segundo ela, o jovem vai passar por metodologias que possibilitem o desenvolvimento, contínuo com laboratórios de Química, Física, Matemática, oficinas de teatro, dança, música, desenvolvendo aptidões, vivenciando essa concepção de ensino. “Serão nove aulas diárias, divididas entre a base comum curricular e a parte diversificada, que são as oficinas. Estamos na semana de imersão dos professores, depois teremos formações e acompanhamentos bimestrais, presencial e à distância”, explicou.

Bruno Clisma Constantino Ribeiro, ex-aluno da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano, onde o modelo da ECI é aplicado comentou que esse formato de escola revela outra visão do que é educação. De acordo com ele, as temáticas que são tratadas são inimagináveis. “O professor se preocupa com sua vida, a formação vai além do currículo básico do aluno”, disse.

Julie Carla de Lima Neves, que também foi aluna da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano, comentou que quando entrou na escola aprendeu muito com o protagonismo juvenil. “Participei do projeto na escola, que enriqueceu em muito meu currículo e reforçou minha vontade de estudar. Passei em dois vestibulares, na UEPE e UFPB. Tenho um carinho muito grande pela escola que estudei e procuro estar próxima e incentivar os alunos dela até hoje, que já sou universitária”, enfatizou.

Secom PB