Técnicos da Empaer participam de capacitação para programa de recuperação da cajucultura
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Técnicos da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural, Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropetuária e da Pesca (Sedap), que vão prestar assistência aos produtores rurais integrantes do Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura, participaram de capacitação na Estação Experimental da Empaer, em Jacarapé.
O curso foi ministrado pelos pesquisadores Ivonete Berto Menino e Pedro Paulo da Silva, especialistas em reprodução de mudas, que abordaram vários aspectos da produção e etapas de cultivo do cajueiro. A abertura do evento foi realizada pelo diretor de Pesquisa, Aderval Monteiro, que ressaltou a importância do programa que visa a recuperação de uma cultura que permite a geração de oportunidade de renda às famílias, em períodos de entressafra.
Como uma ação do Governo do Estado, a cultura do caju passou a ganhar novas áreas na Paraíba, especialmente no Sertão, com o Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura, que agora entra em nova fase com o treinamento de técnicos e produtores rurais. O objetivo é o fortalecimento da cadeia produtiva dessa cultura que garante oportunidades de trabalho no campo e a geração de renda para famílias agricultoras.
Executado em parceria entre a Empaer e a Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido (SEAFDS), a recuperação da cultura do caju terá a introdução de variedades que apresentem boa produtividade e aceitação no mercado. A previsão é de que sejam distribuídas 1 milhão de mudas da cultivar BRS-226, de alta produtividade, que tem maior resistência à seca, a algumas pragas e doenças de maior incidência no cajueiro. A produção de mudas conta com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Funcep). As prefeituras municipais serão parceiras neste projeto.
O diretor de Pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro, destacou que a cajucultura é uma das atividades de grande valor econômico e social para o Nordeste. Sua importância social é caracterizada pela geração de emprego e renda para a população rural durante a estação da seca.
Do caju tudo se aproveita: o suco, o bagaço, a castanha, a casca da árvore, as folhas, as flores e a madeira. Do suco, prepara-se refresco ou o fermentado vinho de caju.
A pesquisadora Ivonete Menino destacou que a produção de caju permite a consorciação com outras culturas na mesma área, sem prejudicar a produtividade, seguindo a orientação técnica. Deste modo, o produtor rural terá melhor aproveitamento do solo, manutenção e melhoramento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, além de diminuir a incidência de doenças, pragas e ervas daninhas. Outra vantagem é a redução de solo por erosão e aumento da renda do produtor.
O agricultor familiar trabalha, geralmente, em sistema de consórcio no cajueiral, com as culturas de mandioca, milho, feijão, amendoim, batata-doce, maracujá, abacaxi, urucum e gergelim. Recomenda-se que o consórcio com o cajueiro anão seja realizado até o terceiro ano após o plantio.
Ascom