Brasil fica de fora de disputa pelo Oscar de melhor filme internacional
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O filme brasileiro “Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou” ficou de fora da disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta terça-feira (9) as 15 produções que avançam para a próxima fase da votação e o longa nacional não está entre eles.
O filme sobre o cineasta Hector Babenco (1946-2016) também ficou de fora da categoria de melhor documentário, no qual foi inscrito.
Em novembro, ele foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema (ABC) para disputar uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2021.
Bárbara Paz fala sobre documentário ‘Babenco’
Produção dirigida pela atriz, que estreia no Brasil nesta quinta (26), foi escolhida para representar país e tentar vaga na categoria de filme internacional do Oscar 2021
“Babenco” é uma coprodução GloboNews e foi premiado como melhor documentário em mostra do Festival de Veneza de 2019 e no Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2020.
O documentário explora paralelos entre a carreira do diretor argentino naturalizado brasileiro, indicado ao Oscar por “O beijo da mulher aranha” (1985), e as doenças enfrentadas por ele em seus últimos anos de vida. O cineasta morreu em 2016, aos 70 anos de idade.
A premiação com a divulgação dos vencedores da 93ª edição da premiação acontece em 25 de abril.
Entre os pré-selecionados, dois documentários aparecem nas listas de filme internacional e de documentário: o chileno “El agente topo” e o romeno “Colectiv”.
Em 2020, um filme conseguiu chegar à premiação com indicações nas duas categorias, o macedônio “Honeyland”.
Veja as pré-listas de melhor filme internacional e de melhor documentário:
‘Quo Vadis, Aida?’ – Bósnia e Herzegovina
‘El agente topo’ – Chile
“Charlatan” – República Tcheca
‘Druk – Mais Uma Rodada’ – Dinamarca
‘Nós duas’ – França
‘La Llorona’ – Guatemala
‘Shaonian de ni’ – Hong Kong
‘Crianças do Sol’ – Irã
‘La nuit des rois’ – Costa do Marfim
‘Ya no estoy aquí’ – México
‘Håp’ – Noruega
‘Colectiv’ – Romênia
‘Dorogie tovarishchi’ – Rússia
‘Yangguang puzhao’ – Taiwan,
‘The man who sold his skin’ – Tunísia
Pré-lista de melhor documentário
‘Até o fim: A luta pela democracia’
‘Boys State’
‘Colectiv’
‘Crip Camp: Revolução pela inclusão’
‘As mortes de Dick Johnson’
‘Gunda’
‘MLK/FBI’
‘El agente topo’
‘Professor Polvo’
‘Notturno’
‘The Painter and the Thief’
’76 Days’
‘Time’
‘The truffle hunters’
‘Bem-vindo à Chechênia’
O futuro para os filmes internacionais
Pela primeira vez todos os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood puderam participar da escolha dos pré-selecionados e também definirão os cinco finalistas.
Em 2020, a pré-lista foi feita por um comitê que assistiu aos enviados de diferentes países e outros três foram escolhidos pelo comitê executivo.
Antes disso, a lista final era estabelecida por um grupo de cineastas e atores voluntários (como Meryl Streep e Donald Sutherland) que se reuniam em Nova York, Los Angeles e Londres para assistir aos filmes da lista de pré-selecionados.
Mais de vinte anos de jejum
A última vez que uma produção brasileira foi indicada à categoria de melhor filme estrangeiro (que mudou de nome para melhor filme internacional em 2019) aconteceu em 1999, quando “Central do Brasil” também concorreu na categoria de melhor atriz, com Fernanda Montenegro. O prêmio ficou com “A vida é bela”, da Itália.
Em 2008, “O ano que meus pais saíram de férias” ficou entre os pré-finalistas, mas não foi indicado.
Em 2019, o representante da ABC foi “A vida invisível”, que não foi selecionado para o Oscar. O país foi representado na premiação por “Democracia em vertigem”, indicado na categoria de melhor documentário. A estatueta acabou indo para “Indústria americana”.
Com G1