"Pillow talk", ou "conversa de travesseiro" em tradução literal, é um assunto pelo qual Amanda Denes, professora assistente do departamento de comunicação da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, sempre se interessou.
Em um artigo para o site Medical Xpress, Amanda diz que seu interesse nasceu das "diversas histórias" de amigos sobre coisas doces que ouviam dos parceiros ou parceiras nos instantes após o sexo, momento chamado por Daniel Kruger e Susan Hughes, da Universidade de Michigan, de "post-coital time interval" (PCTI), ou "intervalo de tempo pós-coito".
De acordo com o estudo de Amanda – ela, no entanto, não esclarece como o conduziu -, as pessoas tendem a se abrir após a prática sexual, principalmente as quem atingem o orgasmo. O fator responsável seria a liberação da ocitocina, também conhecida como "hormônio do amor".
As mulheres costumam se abrir mais porque acredita-se que a testosterona, produzida em maior quantidade pelo organismo masculino, funcione como um inibidor, o que tornaria os homens menos propensos a revelar algo durante o tal PCTI.
TERAPIA DE TRAVESSEIRO
No estudo, Denes observou que casais em relacionamento mais estáveis se mostraram menos arrependidos do que disseram durante o intervalo pós-sexo e afirmaram que a relação melhorou com a "pillow talk".
"Durante a 'conversa de travesseiro', os casais podem se sentir mais confortáveis ao falar das preocupações, sentimentos e o que esperam do relacionamento, e essa abertura pode funcionar para outras situações, de contexto não-sexual", escreve Amanda.
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