Lançamento do Livro CELSO FURTADO 100 ANOS acontece nesta quinta (15)
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Neste mês de julho encerram-se as comemorações do centenário de nascimento de Celso Furtado. Muitas foram as homenagens no Brasil e no exterior ao renomado economista paraibano que, inclusive, surpreenderam os seus inúmeros seguidores e estudiosos de sua obra. Na Paraíba não foi diferente. Foram lançados até agora seis livros, uma revista, dois encartes de jornal, um livreto de Cordel e um selo comemorativo.
A esse acervo literário e cultural furtadiano e para encerrar com o devido
brilhantismo essas manifestações comemorativas ao centenário incorpora-se, agora, o livro publicado pela Editora da UFPB CELSO FURTADO 100 ANOS: coletânea de ensaios em sua homenagem fruto da iniciativa conjunta do Conselho Regional de Economia e do Núcleo Celso Furtado da UFPB.
A solenidade de lançamento do livro será on-line na próxima quintafeira(15), às 10h, com transmissão ao vivo pelo canal do You Tube do
Corecon-PB: https://www.youtube.com/watch?v=OcYWlG4R4Ys
Sobre o Livro
O livro organizado pelos economistas Celso Mangueira e Márcia Paixão reúne 11 textos de 17 autores e se estrutura em três partes: PARTE I Da longa convivência à superação do status-quo; PARTE II Uma abordagem interdisciplinar do desenvolvimento; PARTE III Sonhos de um mundo com seus Livros e discípulos.
Na primeira, temos um relato muito expressivo do Prof. Clóvis Cavalcanti (UFPE), de sua longa convivência intelectual, institucional e pessoal com o mestre Celso Furtado. Como mencionado na Introdução, o artigo do Prof. Clóvis Cavalcanti corresponde a uma verdadeira viagem no tempo.
Essa primeira parte é concluída com o texto do Prof. Marcos Formiga (UnB) que destaca, entre outros aspectos da contribuição do mestre, seu espírito investigativo estatístico na busca de informações e cálculo de dados econômicos para suas análises numa época em que havia carência de dados sobre o próprio produto nacional.
Na segunda parte do livro temos a interdisciplinaridade na busca do tão almejado desenvolvimento brasileiro, apoiada, total ou parcialmente, na herança do mestre.
O Prof. Alexandre Martins (UFPB) trata da concepção de ética na obra de Furtado e dos desafios éticos atuais a partir dela.
Os Professores Luiz Alberto Machado (Instituto Fernand Braudel) e Eduardo José Costa (UFPA) tratam de cultura a partir da abordagem de Amartya Sen, Douglas North e Celso Furtado.
Alessyara Vidigal (Universidade Mackenzie) e Fernando Maia (UFPB) discutem a função social da terra, com base em Furtado, para o desenvolvimento agrário e industrial brasileiro.
Os Professores Maria Luiza Feitosa (UFPB) e Delano Câmara (UFPI) recorrem à Furtado para defender a tributação das exportações brasileiras de minérios como instrumento de regulação e subsídio ao desenvolvimento nacional.
Os Professores Márcia Paixão (UFPB) e Jorge Nogueira (UnB), por sua vez, exaltam a importância da visão furtadiana para o tratamento dos nossos ativos ambientais e dos investimentos estrangeiros em indústrias intensivas em recursos naturais ou de alto potencial poluidor.
Os Professores Aline Castro e Henrique Menezes (UFPB) destacam as contribuições de Furtado para a Economia Política Internacional e a análise do desenvolvimento latinoamericano.
Maria Aurora Costa e Jailton Araújo (UFPB) inovam e já recorrem à Furtado no contexto da pandemia de covid-19 para destacar a importância da cooperação internacional na promoção do direito à saúde e à cidadania.
Essa segunda parte é, então, fechada pela Profa. Ana Claúdia Laprovitera (UNICAP) que resgata os conceitos de “estrutura” e de “decisões estratégicas” em Furtado como uma referência para a ação política no processo de desenvolvimento econômico brasileiro.
A terceira parte da nossa obra comemorativa do centenário de Celso Furtado é concluída com um instigante artigo do Prof. Cristovam Buarque (UnB e Ministro da Educação em 2003). Como anunciado na Introdução, na busca permanente pelo desenvolvimento brasileiro ele faz uma pergunta de discípulos ao mestre “E, agora Celso?”. Entre outros aspectos, alerta sobre a necessidade de se reconhecer o bem-estar social, a estabilidade monetária e jurídica e o conhecimento como fatores de produção essenciais na era da globalização e da inteligência artificial.
Redação