Clássico coloca em jogo rivalidade e sobrevivência de Raposa e Treze

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campinense 6Mais do que uma vaga na semifinal do Campeonato Paraibano. O Clássico dos Maiorais 398 representa a sobrevivência para Campinense ou Treze para o restante da temporada, com a vaga da Série D e da Copa do Nordeste e Copa do Brasil em 2017 ainda em jogo. Por tudo isso não é exagero classificar o duelo deste domingo (24), no estádio Amigão, às 16h30, como o mais importante entre Raposa e Galo na história de 60 anos do confronto. Ao rubro-negro basta um empate para chegar as semifinais do estadual. Na pior das hipóteses, o Campinense ainda pode se classificar com uma derrota, para isso, no entanto, dependeria do resultado de Botafogo x Sousa, para ressuscitar como melhor eliminado. Já o Galo precisa vencer para salvar a temporada.

Além de todos estes ingredientes ainda há o tabu de quase três anos sem vitória do Treze sobre o Campinense. A última aconteceu em 21 de maio de 2013, quando o Galo bateu a Raposa por 1 a 0, gol de Sapé, na partida de ida das semifinais do Campeonato Paraibano. A vitória significaria férias antecipadas ao recém-campeão do Nordeste.

Vivendo novamente um momento mágico, só que, desta vez, ainda não sem a faixa de campeão, mas numa nova final de Copa do Nordeste depois de eliminar o Sport Recife, no último domingo, o Campinense se deu ao luxo de poupar metade do time titular no empate contra o Cruzeiro, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil. O técnico Francisco Diá afirmou a importância de o Campeonato Paraibano ser maior, inclusive, do que a Copa do Nordeste.

‘’Domingo é decisão. É o jogo mais importante da história do Campinense. E os jogadores estão até com mais vontade de jogar contra o adversário de domingo do que contra o Cruzeiro. É o jogo da vida do Campinense. Eu prefiro até abrir mão do título da Copa do Nordeste para ganhar o Paraibano’’, comentou.

Quanto à vantagem de jogar pelo empate, Diá rechaçou uma mudança de postura da equipe, visto a tese de jogar ‘com o regulamento debaixo do braço’.

‘’O regulamento vai ficar lá na Federação Paraibana de Futebol. Não no campo. Não existe nenhuma chance de a gente entrar em campo para jogar por um empate. Vamos em busca da vitória, mesmo sabendo da dificuldade que o Treze deve apresentar. Mas nós vamos jogar para ganhar. Queremos sair daqui com uma boa classificação para as semifinais’’, disse.

Apenas o meia Jussimar, expulso no jogo de ida, são os desfalques na Raposa. De resto, o Rubro-negro não terá surpresas.

Mistério no Galo

O Treze adotou o mistério na preparação para a partida mais decisiva do ano. Com portões fechados praticamente em todos os treinos, a escalação do técnico Marcelo Vilar segue sendo um ponto de interrogação. Isso porque o atacante Thiago Furlan não estaria 100% e pode não entrar em campo. O zagueiro Fernando Lopes recuperado de uma lesão muscular treinou durante a semana e está confirmado. Ele vai substituir Rafael, expulso no primeiro jogo da segunda fase.

Outro que também se recuperou e virou opção é o meia Evandro. Se entrar em campo, a partida vai marcar sua estreia com a camisa Alvinegro, uma vez que se machucou assim que chegou.

No treino da última sexta-feira (22), um grupo de torcedores (cerca de 100), com instrumentos, bandeiras e gritos de incentivo foram ao estádio Presidente Vargas transmitir a última corrente positiva ao elenco trezeano.

Decisão em João Pessoa e em Cajazeiras

Além de Campinense e Treze, Botafogo e Sousa, no Almeidão, e Paraíba e CSP, no Perpetão, também estarão decidindo vagas nas semifinais do Campeonato Paraibano. Por terem vencido na ida, Sousa e CSP podem perder até por um gol de diferença que avançarão de fase sem depender do regulamento da competição, que permite que, o melhor eliminado, ressuscite da eliminação.

Ficha do jogo

Local: Estádio Amigão, em Campina Grande.
Horário: 16h30.
Árbitro: Roberto Lima.
Assistentes: Oberto Santos e Griselildo Sousa Júnior.

Campinense
Gledson, Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Leandro Sobral, Magno, Filipe Ramon e Roger Gaúcho; Raul e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.

Treze

Saulo, Péter, Alisson, Fernando Lopes e Altemar; Patrick, Isaías, Mael e Doda; Thiago Furlan (Diego Neves ou Índio Oliveira) e Brasão. Técnico: Marcelo Vilar.

Maurílio Júnior