
Com falha do goleiro e pênalti perdido, Boca cai para o Del Valle na Bombonera
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“Nós calaremos Riquelme”. José Angulo prometeu e cumpriu. Após ídolo da torcida do Boca Juniors afirmar que semifinal contra o Del Valle seria fácil, os equatorianos responderam dentro de campo – e nem precisaram do artilheiro. O gol de Pavón no início do jogo assustou, mas foi apenas um ponto fora da curva numa noite destinada a ser do Del Valle. Caicedo, Cabezas e Julio Angulo – numa falha clamorosa de Orión -, calaram a Bombonera, que ainda viu Lodeiro perder pênalti e o mesmo Pavón descontar antes do apito final: 3 a 2 (5 a 3 no agregado), Boca eliminado, Del Valle classificado para final inédita.
PRIMEIRO TEMPO
Quem assistiu aos primeiros 20 minutos de jogo poderia cravar uma vitória tranquila do Boca Juniors. Empurrado pela torcida na Bombonera, o time argentino abriu o placar aos três minutos, com Pavón, e encurralou o adversário no campo de defesa. Mas o futebol é imprevisível. Na bola parada, Caicedo aproveitou bobeira da defesa e estufou a rede para deixar tudo igual aos 24.
SEGUNDO TEMPO
Cinco minutos e um apagão completo do Boca. Dois gols do Del Valle: o primeiro de Cabezas, após enfiada de Sornoza; o segundo numa falha incrível de Orión, que tentou sair jogando com os pés, mas deu de bandeja para Julio Angulo. A partir daí, o time de Guillermo Schelotto não tinha mais tática, apenas vontade, que não faltou em momento algum. Com Tévez completamente apagado, coube a Pavón buscar as principais alternativas. Aos 25 minutos, Lodeiro teve a chance de dar esperança ao torcedor, mas parou em Azcona na cobrança de pênalti. Nem mesmo o gol de Pavón nos minutos finais diminuiu a dor da torcida, que deixou a Bombonera sem a vaga.
VEM, ATLÉTICO NACIONAL!
A história agora é entre Independiente del Valle e Atlético Nacional. Na próxima quarta-feira, os equatorianos recebem os colombianos no Olímpico Atahualpa. No dia 27 é a vez do time de melhor campanha da fase de grupos decidir em casa.
OUTRO CENÁRIO
O momento do futebol sul-americano é distinto, não só entre as seleções nacionais, mas também nos clubes. A final entre Del Valle e Atlético Nacional encerra uma hegemonia. Desde 1991 não temos uma decisão sem representantes brasileiros ou argentinos.
ALGUÉM VIU?
Tévez era a principal esperança do torcedor do Boca Juniors. Mas a verdade é que o camisa 10 não apareceu na partida. Omisso durante os 90 minutos, acumulou passes errados e ficou preso numa marcação que apresentou falhas. Longe do Tévez que um dia esteve entre os principais atacantes do mundo.
ALGOZ DE ARGENTINOS
O goleiro Azcona, principal referência do Del Valle, carrega na Libertadores uma marca invejável: parou Boca Juniors e River Plate. Foi o nome da classificação dos equatorianos contra o time de D’Alessandro nas oitavas de final e mais uma vez determinante na Bombonera, principalmente no pênalti de Lodeiro. Chega com a moral lá no alto para a decisão.
Portal do Curimatau com GE