Com recorde de Fred, Fluminense vence de virada o Vila Nova na terceira fase da competição
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Reviravolta com final feliz! Em jogo que parecia perdido, traduzindo uma possível nova eliminação precoce na temporada – além da que aconteceu na Pré-Libertadores -, o Fluminense superou todas as adversidades, na noite desta terça-feira (19), no Maracanã, e liderou uma incrível vitória por 3 a 2 sobre o Vila Nova, dadas as circunstâncias, após ver desvantagem de 2 a 0 no marcador e mal desempenho ofensivo durante grande parte da partida. Rafael Donato e Pablo Dyego, cria de Xerém, fizeram a favor do time de Goiás, e Ganso, de pênalti, Cano e Fred comandaram a virada nesse duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O experiente centroavante, inclusive, tornou-se o maior artilheiro da história do torneio de mata-mata, anotando 37 redes balançadas e ultrapassando o craque Romário no quesito. Agora, com o triunfo, suado, garantido, o grupo das Laranjeiras pode apenas empatar na volta, dia 11 de maio, às 21h30, no Estádio Serra Dourada, que assegura classificação às oitavas de final da competição.
O primeiro tempo no Rio de Janeiro foi bastante preocupante para a torcida presente nas arquibancadas, bem como ao próprio Tricolor, que até controlou a posse de bola, mas não conseguiu agredir e criar chances de gol próximo à meta adversária. E quem construiu as melhores oportunidades acabou sendo justamente a equipe goiana, que, de forma surpreendente, ofereceu muito perigo e abriu o placar, aos 37 minutos, depois de várias tentativas sem sucesso sobre um cenário apático e sem improviso dos jogadores dos donos da casa. Em escanteio cobrado com curva, Rafael Donato subiu no segundo andar, ganhando dos zagueiros, e testou no canto direito do goleiro, que nada pôde fazer para evitar o tento. Antes, os visitantes já haviam chegado duas vezes, com boas finalizações de longe de Victor Andrade e Willian Formiga parando nas mãos de Fabio. Logo na sequência da mudança na contagem, Wagner, ex-Vasco, quase ampliou ao bater rasteiro, rente à trave, e ver a conclusão não entrar por um triz. Ao apito do árbitro, vaias direcionadas a atuação melancólica e desorganizada dos cariocas, sobrando também para Abel Braga.
Na volta do intervalo, com Gango no lugar de Jhon Arias, o Fluminense evoluiu na partida de forma visível – Germán Cano teve a possibilidade, aos 2, em troca de passes com o camisa 10 e Willian Bigode, de deixar tudo igual no Maracanã, quando ficou cara a cara com Georgemy, só que o arremate de canhota do argentino tomou a direção da linha de fundo, sem a pontaria adequada. No entanto, a aparente reação do time das Laranjeiras parou na teoria. Isso porque, apesar de adotar postura mais acuada, apostando nos contra-golpes em velocidade, o Vila Nova, em uma desses lances, aumentou a vantagem, mesmo não vivendo o melhor momento no jogo: aos 11, Alex Silva avançou pela faixa direita, carregou com liberdade, e cruzou pelo chão. Pablo Dyego dominou dentro da pequena área e fuzilou para fazer o 2 a 0.
Mas uma reviravolta no confronto fez com que a expressão “time de guerreiros” não fosse imposta à toa ao Tricolor. Na base da raça e mexidas feitas por Abel Braga, os cariocas conseguiram uma incrível virada no Rio de Janeiro e evitaram a derrota vexatória diante dos goianos. Primeiro, aos 16, Ganso descontou o placar, convertendo penalidade polêmica assinalada pelo juiz – a equipe do Centro-Oeste reclamou que a infração ocorreu fora da área. Pouco tempo depois, aos 26, o empate veio de maneira natural e traduziu a superioridade temporária dos mandantes. Em sua participação inicial em campo, Marlon lançou pela esquerda, Fred deu leve resvalada na primeira trave e a bola achou Cano, que empurrou ao fundo da valiza com Georgemy caído. E o gol do triunfo surgiu do pés da experiência do artilheiro e ídolo do clube. Aos 42, como resultado de bela trama de Nino na ponta direita, Nonato acalmou rebatida da zaga perto da meia-lua e efetuou ótima enfiada a Fred. Sozinho, o centroavante chapou, sem hesitar, e selou a emocionante e aliviante vitória.
Redação