Os rumores de que Seedorf assumiria o Milan eram antigos. O meia nunca escondeu seu desejo de ser treinador, e poucos tem a chance de iniciar a carreira no topo, em um dos clubes mais tradicionais e vitoriosos do mundo. Mas o momento de deixar o Botafogo veio antes do esperado por todos, sem a presença na Libertadores, outro sonho do jogador. A má fase do time italiano e a demissão de Massimiliano Allegri acabaram por antecipar a aposentadoria do ídolo holandês.

"Estou aqui para anunciar que vou parar de jogar futebol. Vou me aposentar. Depois de 22 anos, foi uma noite difícil, mas estou muito satisfeito com o que fiz na minha carreira, e o que consegui fazer no Botafogo. Feliz por poder ter deixado também em campo resultados importantes. O carioca foi um começo. Não acabou mal. Conseguimos voltar a Libertadores, depois de 17 anos, então fico feliz por deixar um resultado importante. Como falei no dia da apresentação, tudo não vai acabar mal. Conseguimos a vaga que o clube merece, o torcedor merece", discursou, antes de agradecer a Oswaldo de Oliveira e todos que o apoiaram em seu tempo no Botafogo.

Seedorf deixará saudade no mundo do futebol, e especialmente para os torcedores do Botafogo. O jogador holandês se despediu como ídolo, apesar da curta passagem, e deixou sua mensagem: é preciso acreditar para vencer.

"Desejo que o Botafogo mantenha a auto-estima, o profissionalismo e o que já conseguimos. Com certeza o nível geral no Botafogo melhorou, com o empenho de todos. Não só tecnicamente, mas a mentalidade. Por causa da nossa mentalidade e espírito de grupo conseguimos fazer melhor que outros. Vou acompanhar o Botafogo à distância e espero ver isso. Foram muitas coisas positivas e parecem cinco anos. Agradeço o Rio e ao Brasil e o Botafogo, por terem me abraçado desde o começo. Com certeza não é um adeus e vamos nos reencontrar e essa experiência me ajudou muito, e espero que me ajude no próximo passo, que será como treinador do Milan", disse, confirmando que vai treinar o time italiano.