Barbosa vai ter que se articular com partidos para consolidar nome na liderança da bancada
Por - em 9 anos atrás 641
O deputado Ricardo Barbosa (PSB) deve ser “destituído” da liderança do “blocão”, formado por onze partidos da base aliada do Governo do Estado, antes de assumir o posto. “Se depender de mim, a rotatividade será mantida”, disse nesta terça-feira (19) o deputado Buba Germano (PSB), atual líder. Barbosa anunciou que assumiria a função sem ter consultado os parlamentares e as respectivas legendas do bloco.
Agora, vai ter que fazer essa articulação sem saber que contará com o apoio dos seus colegas. Alguns, a exemplo dos deputados Estela Bezerra (PSB), Jeová Campos (PSB), Frei Anastácio (PT) já declararam que não aceitam ser liderados por Barbosa, que também contrariou o governador Ricardo Coutinho ao assumir a postura contrária a criação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
O “blocão” foi formado com o objetivo de ocupar espaços nas comissões temáticas da Assembleia. Neste sentido, houve um entendimento consensual e ficou decidido que Buba Germano ocuparia a liderança da bancada no primeiro ano, ficando o período seguinte para o deputado Ricardo Barbosa.
“Já disse que não sou problema, até porque não morro de amores por cargo algum”, reiterou Germano em contato, por telefone, com a reportagem do portal.
Com os partidos, além de setores do PSB, Barbosa tem problema com o PT, PMDB e DEM. Logo que as atividades sejam retomadas os deputados estarão colocando em discussão a escolha do novo líder do “blocão”, ou a permanência de Buba Germano. A informação é que o deputado Hervázio Bezerra (PSB), líder do governo, estaria preocupado também com a mudança da liderança do “blocão”.
Barbosa, que já anunciou ser o novo líder do grupo na volta das atividades após o recesso parlamentar, como se sabe, terá dificuldades de emplacar o seu nome. O movimento pode gerar uma crise na bancada. “Creio que não, porque esse assunto é possível resolver dialogando e quanto a isso não tivemos nenhuma dificuldade no ano passado”, concluiu Buba Germano.
Marcone Ferreira