Deputado apresenta projeto que proíbe funcionários de transportar valores acima de R$ 10 mil

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frei anastacioO deputado estadual Frei Anastácio apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa, que propõe a proibição de funcionários  de qualquer empresa, ONG ou estabelecimento comercial a transportar e realizar depósitos, acima de R$ 10 mil, em bancos e casas loterias em todo Estado da Paraíba.

“Essa é uma forma de tentar diminuir as chamadas chegadinhas e saidinhas de bancos e resguardar a vida de funcionários e da população. Nós já vimos diversos casos na Paraíba e em outros estados, nos quais pessoas foram vítimas de ladrões ao transportarem dinheiro para depósito”, disse o deputado.

De acordo com o projeto, se o estabelecimento descumprir a determinação estará sujeito à aplicação de multa no valor de R$5 mil e de R$ 10 mil reais para cada reincidência. “Esperamos que a Assembleia discuta e aprove esse projeto de lei, que é mais uma contribuição para tentar diminuir a violência”, disse o deputado.

Lançamento de livro Conflitos no Campo

O parlamentar também convidou a população para lançamento do livro Conflitos no Campo 2015, sexta-feira, às 9h, no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.

O anuário é uma publicação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que traz um relato completo sobre os conflitos de terra e por terra, água e a violência sofrida pelos trabalhadores rurais em todos os estados brasileiros.

Na Paraíba,segundo o anuário, foram registrados 14 conflitos por terra e três ocupações de fazendas. E nesses conflitos foram registrados 17 casos de violência contra trabalhadores. Não foi registrada morte no ano passado. Ações de pistolagem

A Paraíba também registrou 100 despejos, com 50 roçados de plantações destruídos. “O que chama mais atenção no levantamento feito pela publicação da CPT é o número e ação de capangas em nosso estado. Foram registradas no ano passado, 209 ações de capangagem no estado. O livro classifica essas ações de pistolagem, praticada por capangas contra trabalhadores. São os casos em que os capangas, que na realidade não passam mesmo de pistoleiros, agem contra trabalhadores”, relatou o deputado.

Eles agem atirando, fazendo ameaças de morte e intimidando com objetivo de expulsar os trabalhadores das áreas. No ano passado, a publicação da CPT mostra que o principal foco da ação desses pistoleiros, pagos pelos latifundiários, está no município de Mogeiro, no Agreste da Paraíba. Todas as ameaças de morte foram registradas lá. Foram nove ameaças de morte contra trabalhadores na Paraíba.

Assessoria